De máscara, Bolsonaro muda postura sobre a Covid-19

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta quarta-feira sua mudança de postura sobre a pandemia da Covid-19. Usando máscara, ele sancionou, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, projetos que facilitam e aceleram a compra de imunizantes.

O gesto do presidente é uma tentativa de aplacar o desgaste com o avanço da nova onda do coronavírus — nesta terça-feira, 1.954 pessoas morreram em decorrência da pandemia, um recorde desde a chegada da Covid-19 no país.

A resistência à vacinação também está custando apoio no meio político a Bolsonaro. Em contraponto, o ex-presidente Luis Inacio Lula da Silva, que já se apresenta como presidenciável e potencial rival de Bolsonaro na eleição do ano que vem, defendeu a imunização e atacou seu rival em um discurso nesta quarta-feira: “Não siga nenhuma decisão imbecil do presidente da República ou do ministro da Saúde. Tome vacina”.

Bolsonaro sancionou três projetos. O primeiro texto autoriza a a União, estados e municípios a assumirem responsabilidades por eventuais efeitos colaterais das vacinas. O projeto também dá aval, com restrições, a compra de vacinas pelo setor privado.

Abertura para outras vacinas

Na prática, a proposta viabiliza a entrada no mercado brasileiro das vacinas da Pfizer, que já tem o registro definitivo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e pressiona o órgão a aprovar produtos de outros laboratórios, como a Janssen e a Sputnik V.

A Anvisa vai se reunir na semana que vem com representantes da Janssen. Também já foram iniciadas as negociações com a russa Sputnik V. Na semana passada, governadores acenaram a possibilidade de comprar 50 milhões de doses do imunizante.

Bolsonaro também sancionou uma medida provisória que estabelece um prazo de sete dias úteis para a Anvisa analisar pedidos de registro emergencial de imunizantes. Outro projeto assinado foi a prorrogação até dezembro de 2020 da suspensão da da obrigatoriedade de cumprimento das metas quantitativas e qualitativas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Bolsonaro afirmou que no Planalto que “o Brasil está fazendo a sua parte e o governo tem mostrado o seu trabalho”. Em seguida, defendeu a vacinação e lembrou que a sua mãe, Olinda, recebeu as duas doses do imunizante:

— Já foram entregues vacinas para 100% dos idosos acima dos 85 anos, entre eles a minha mãe, com 93 anos de idade. Até o final do ano teremos mais de 400 milhões de doses disponíveis aos brasileiros.

O presidente não citou que Olinda foi vacinada com a CoronaVac, a qual ele já criticou e se referiu no passado como “vacina chinesa” — Bolsonaro, inclusive, debochou da taxa de eficácia do imunizante, de 50,38%, e disse nas redes sociais em outubro do ano passado que ela não seria comprada pelo governo federal.

Em fevereiro, durante transmissão nas redes sociais, Bolsonaro disse que sua mãe havia recebido a primeira dose da vacina AstraZeneca/Oxford, principal aposta do Plano Nacional de Imunização. A CoronaVac, por sua vez, veio ao país com o apoio do governo João Doria, seu adversário político.

Sem críticas ao isolamento social

Bolsonaro não falou contra o isolamento social, evitou as críticas que costuma fazer ao lockdown e chegou a afirmar que a medida restritiva foi adotada no ano passado para dar tempo de preparar os hospitais para atender a população.

— Fomos e somos incansáveis desde o primeiro momento na luta contra a pandemia. Desde o início, do resgate de brasileiros que estavam em Wuhan, fomos um exemplo para o mundo. Várias medidas tomamos em 2020. A política de lockdown adotada no passado, o isolamento, o confinamento, visava tão somente dar tempo para que os hospitais fossem aparelhados com leitos de UTI e respiradores.

Ele voltou a defender o tratamento precoce contra a doença. Apesar de ele próprio admitir na sua fala que não há medicamentos com eficácia comprovada, o presidente alegou que há ‘tratamentos opcionais’ utilizados por médicos que devem ser buscados.

No mesmo evento, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que no início da pandemia chegou a participar de uma manifestação ao lado de Bolsonaro, recomendou nesta quarta-feira que as pessoas adotem medidas de isolamento para conter a propagação da doença.

— Durante muito tempo, ainda teremos de lançar mão das medidas que estão hoje ao nosso alcance (…) Use máscara, faça o isolamento social e tenha uma boa higiene — declarou.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que as vacinas resultam em “tranquilidade para o povo”. Ele também enalteceu a produção de vacinas de instituições como a FioCruz e o Butantan – o último responsável pela CoronaVac.

— É importante que não possamos nunca deixar de compreender a necessidade de produção nacional. Sem a produção da Fiocruz e do Butantan nós hoje praticamente não teríamos vacinado ninguém. Essa é a realidade. E nós temos que investir cada vez mais nesse caminho — disse o ministro.

Pazuello citou como uma das estratégias da pasta a “vacinação em massa”:

— É isso que falamos há pouco, vacinar, vacinar muito e rápido.

Mudança de estratégia

Com a crise sanitária no Brasil em seu momento mais crítico e diante da pressão de governadores, Bolsonaro aposta na compra de vacinas e no fluxo da aplicação dos imunizantes para se blindar das críticas de sua condução ao enfrentamento à pandemia da covid-19. O presidente vai usar como argumento que, apesar das próprias declarações e atrasos na compra dos imunizantes, não se omitiu.

Na segunda-feira, Bolsonaro se reuniu, por teleconferência, com executivos da Pfizer, após ter se recusado a comprar os imunizantes da farmacêutica no ano passado. O presidente anunciou 14 milhões de dose da vacina até junho.

— Reconhecemos a Pfizer como uma grande empresa mundial, com grande espaço no Brasil também. Em havendo possibilidades, nós gostaríamos de fechar contrato com os senhores, até pela agressividade com que o vírus tem se apresentado no Brasil — disse.

Embora seja considerado por entidades de saúde como um dos itens essenciais para conter a propagação da Covid-19, Bolsonaro evita o uso de máscara em eventos fechados e até mesmo quando se aproxima da outras pessoas em aglomerações. O presidente também já criticou o equipamentos diversas vezes, colocando em dúvida sua eficácia.

A postura de Bolsonaro é compartilhada pela maioria dos ministros, que também não utilizam máscara. Há dois dias, ele e os outros ministros presentes estavam sem máscara durante a reunião com o presidente da Pfizer, Alberto Bourla, por videoconferência. A exceção foi o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em outro sinal de mudança de estratégia, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu para os seus seguidores “viralizarem” uma imagem do presidente Jair Bolsonaro defendendo os imunizantes. Flávio compartilhou uma foto do seu pai acompanhada da frase “Nossa arma é a vacina”.

O Brasil soma mais de 268 mil óbitos pela doença. Na terça-feira, a média móvel de mortes bateu o recorde pela 11ª vez consecutiva, chegando a 1.572, de acordo com o boletim do consórcio dos veículos de imprensa.

O Globo Online




CBF divulga números da pandemia no futebol e defende realização de jogos: “É seguro, responsável e controlado”

Fotos: Lucas Figeuiredo/CBF

A CBF divulgou na manhã desta quarta-feira, numa transmissão ao vivo por meio do seu canal no Youtube, um relatório da efetividade do protocolo de segurança e combate ao coronavírus e defendeu a continuidade dos campeonatos nacionais, organizados pela entidade, em meio ao auge da pandemia no Brasil.

– A aplicação do protocolo sanitário, com a convicção ainda mais forte que nós já tínhamos no ponto de vista teórico, em agosto, quando retomamos. Mas agora com convicção da aplicação na prática. O futebol é seguro, controlado, responsável e tem todas as condições de continuar – disse Walter Feldman, secretário-geral da CBF, antes de passar a palavra ao médico Jorge Pagura.

Esse é o pior momento da pandemia no Brasil. Nas últimas 24h, 1.954 pessoas morreram no país vítimas da Covid-19, um recorde. Ao todo, o Brasil perdeu 268.568 vidas para o vírus até a noite de terça. Só em março, já são 13.550 mortes registradas em solo brasileiro.

Alguns dados apresentados pelo relatório da CBF:

agosto até o fim da temporada passada, marcada pela final da Copa do Brasil, 367 equipes estiveram envolvidas em competições da CBF em 20 campeonatos diferentes. Foram 2.423 partidas ao todo.am realizados testes de Covid nos 26 estados + Distrito Federal. Ao todo, foram 112 municípios brasileiros.Foram feitos 89.052 testes PCR em pessoas envolvidas nas partidas – desses, 13.237 foram atletas. Nenhum jogador entrou em campo sem ser testado. A CBF informou que apenas 2,2% de todos os testes deram positivo.

Em seguida, Pagura, que é o coordenador médico da CBF, apresentou alguns dados e informações sobre o protocolo que explicam a decisão da entidade em seguir com os campeonatos no Brasil.

– Trabalhamos em conjunto para que a gente pudesse realizar nossa atividade. Somos médicos, treinados para salvar e não há nada mais importante que a vida. Reconhecemos também o problema social como perda de empregos. Tentamos unir preservação da saúde de qualquer maneira e tentar elaborar um protocolo que preenchesse alguns preceitos. 1º: segurança de todos; 2º: controlabilidade; 3º: manutenção das atividades. Isso norteou o nosso trabalho – disse Pagura.

“Na curva de ocorrência por 200 mil habitantes, o futebol se dissociou. Quando tem alguns picos, rapidamente volta ao normal. Eram surtos isolados. Tanto que depois baixava”, acrescentou Pagura.

www.reporteriedoferreira.com.br   Por G1




Manoel Junior destaca o protagonismo do Solidariedade nas eleições de 2022

O crescimento do Solidariedade é evidente. ” Nossa meta é ampliar o número de filiados, militantes e simpatizantes. Para as eleições de 2022, o objetivo é ter representação na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. E ampliar as discussões na Majoritária.” disse Manoel Junior.

Em conversa com o Editor do Portal Acesso Político, o  Presidente do Solidariedade na Paraíba, Manoel Junior, destacou que a sigla se tornou referência, e afirmou que o Partido será Protagonista nas eleições de 2022.

“Em 2022 iremos consolidar o partido como um dos maiores do estado. Estamos buscando trazer importantes nomes para disputas nas próximas eleições. Tenha certeza que teremos quadros importantes e vamos montar chapas fortes e competitivas para o próximo pleito”, afirmou Dr.Junior.

Pensando em melhor direcionar as ações partidárias e facilitar o entendimento das propostas do Solidariedade na Paraíba, Manoel Junior, tem construído a elaboração do planejamento estratégico, que visam manter um caminho coerente e humanizado no partido .

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 Suspeito de assassinar irmão de repórter é executado a tiros, em João Pessoa

Um homem de 29 anos foi morto a tiros na madrugada desta quarta-feira (10), no bairro do Rangel, em João Pessoa.

Segundo informações da polícia Civil, a vítima identificada com Rafael Carlos da Silva dos Santos, estaria bebendo com conhecidos em um imóvel na Rua José Soares, em determinado momento, uma das pessoas que estavam no local teriam chamado ele para a área externa da casa.

Há suspeita de que houve luta corporal e Rafael foi atingido por quatro disparos de arma de fogo. Quando a polícia chegou ao local não havia mais ninguém.

Além dos indícios de luta corporal, a polícia encontrou o documento de uma mulher. Rafael era suspeito de ter assassinado o irmão de David Martins repórter policial.

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Governadores do NE vão pedir a Biden liberação de 10 milhões de vacinas

Os governadores do Nordeste receberam a informação de que um lote de 10 milhões de vacinas de Oxford/AstraZeneca está estocado nos EUA, ainda sem data para ser aplicado. Eles tentam confirmar a notícia. Caso ela se confirme, pretendem pedir, em carta enviada ao governo Joe Biden, a liberação para o Brasil.

As doses não estariam sendo ainda aplicadas porque os EUA ainda não teriam treinado profissionais para aplicar especificamente a vacina de Oxford —neste momento, a maior parte da população norte-americana está recebendo os imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

Em outra frente, eles pretendem convencer a OMS (Organização Mundial da Saúde) a antecipar o envio de doses já previstas para o Brasil de vacinas do consórcio Covaxin.

“O mundo está dizendo que o Brasil é um risco, por estar com a epidemia descontrolada, com recordes de contaminações e mortes e que pode ser um celeiro de novas variantes do coronavírus. É preciso nos ajudar a solucionar o problema. E a solução são mais vacinas”, diz o governador do Piauí, Wellington Dias (PI-SP), que preside o Consórcio de Governadores do Nordeste.




João Azevêdo se declara feliz com anulação de condenações de Lula

O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) comentou hoje a decisão tomada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que anulou na segunda-feira ( 8) todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato. João se declarou feliz com a atitude e considerou que a Lava-Jato misturou projeto político com Justiça:

“A única coisa estranha é que se passaram todos esses anos e agora descobriram que o fórum de Curitiba não era adequado para se julgar o ex-presidente. Estou feliz porque a Justiça pode tardar, mas não falhou neste caso para Lula. Todos os argumentos usados para suspender as ações de Curitiba já haviam sido postos pela defesa de Lula. Por que só agora eles foram vistos? Fico feliz porque o ex-presidente recuperou sua capacidade de ser votado, mas ele foi alvo de um grupo que misturou projeto político com Justiça. A Lava-jato, mesmo com uma importância extraordinária no combate à corrupção, misturou num determinado momento o projeto político de algumas pessoas com a política”, disse, durante entrevista ao Programa Rede Verdade, da TV Arapuan.

Apesar de sua concordância com a anulação das condenações, João foi cauteloso ao ser questionado a respeito de um eventual interesse em estar no palanque de Lula nas eleições de 2022: “Não discutimos isso, evidentemente. Estamos em meio a uma pandemia. Por incrível que pareça, nem sentamos com o PT, um partido aliado nosso, para discutir o próprio governo. Imagine presidência da República! Eu não discuti nem a reeleição no Estado. Nós temos um foco que é cuidar da pandemia. Temos que cuidar do número de mortes que já passou de 40 por dia na Paraíba, um patamar absurdo. No momento adequado vamos debater isso”, resumiu.