Mesa Diretora da Câmara Municipal de João Pessoa decreta Luto Oficial pela morte de José Maranhão
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de João Pessoa decretou, nesta segunda-feira (8), Luto Oficial de 3 dias pela morte do senador José Maranhão. O parlamentar estava internado em São Paulo desde dezembro do ano passado, para tratamento da COVID-19. Ele faleceu em decorrência das complicações provocadas pela doença.
O corpo será levado para sua terra natal, Araruna, onde será enterrado. José Targino Maranhão nasceu no dia 6 de setembro de 1933. Graduou-se em Direito pela UFPB. Casado com a desembargadora Maria de Fátima Bezerra, deixa três filhos (Maria Alice, Leônidas e Letícia) e dois netos (José Neto e Maria de Fátima).
O senador, em vida, integrava um quadro de homens públicos paraibanos que deram grande contribuição à história política da Paraíba e do Brasil. Maranhão foi eleito para o segundo mandato no Senado Federal em 2014. Antes disso, já havia sido senador, governador da Paraíba por três vezes, vice-governador, deputado Constituinte, deputado federal e deputado estadual.
José Maranhão iniciou sua carreira política em 1955, na Assembléia Legislativa da Paraíba. Ele teve os direitos políticos cassados pelo regime militar, mas voltou à atividade parlamentar com a redemocratização do País.
Mesa Diretora da Câmara Municipal de João Pessoa
www.reporteriedoferreira.com.br
Governador João Azevedo lamenta morte do Senador José Maranhão
O Governador João Azevedo lamentou a morte do Senador José Maranhão, ocorrida na noite desta segunda (08).
João Azevedo estava participando ao vivo do programa Conexão Master, da TV Master, quando o apresentador Alex Filho o interrompeu para dar a notícia do falecimento.
Visivelmente abalado, João Azevedo prestou suas condolências a Desembargadora Fátima Bezerra, aos amigos e familiares do ex-governador e lamentou a perda para o Estado da Paraíba.
“De um grande paraibano que dedicou sua vida ao Estado”
Em seguida, o Governador pediu licença aos telespectadores e encerrou a entrevista, conforme explicou, tinha responsabilidades a desempenhar nesse momento de luto para o Estado.
www.reporteriedoferreira.com.br
José Maranhão morre aos 87 anos, Roteiro de sepultamento do Senador
ROTEIRO DE SEPULTAMENTO DO SENADOR JOSÉ MARANHÃO:
1. Chegada 14h no Hangar do Estado no Aeroporto Castro Pinto, onde será recebido por familiares.
2. Segue em cortejo do Hangar, seguindo pela BR 230, no Carro de Bombeiros, com destino ao Palácio da Redenção, onde será velado até as 17h. Após esse momento seguirá no Carro de Bombeiros para sua residência no Altiplano. Em seguirá para a Cidade de Araruna onde será velado durante a noite.
EM ARARUNA: Será Recebido em frente a Universidade Estadual, onde será colocado no Carro do Corpo de Bombeiros, para entrar na Cidade. Segue pela avenida principal, passando em frente a sua residência com destino a Igreja Matriz.
QUARTA: 10/02/2021
09h00 – Celebração das Exéquias
10h00 – Sepultamento no Cemitério Municipal
Senador e ex-governador da Paraíba, José Maranhão morre aos 87 anos
Político estava internado desde o dia do 2º turno das eleições municipais. Ele foi governador e senador e estava na vida política há quase 70 anos. Era o senador mais velho da atual legislatura.
O senador e ex-governador paraibano José Maranhão (MDB) morreu na noite desta segunda-feira (8) no Hospital Vila Nova Star, de São Paulo, vítima de complicações da Covid-19. Ele era o senador mais velho da atual legislatura e estava internado desde 29 de novembro de 2020, dia de segundo turno nas eleições municipais, quando passou mal pouco depois de votar no candidato que ele apoiava. Ficou num hospital de João Pessoa até o dia 3 de dezembro e nessa data foi transferido para a capital paulista.
O senador e ex-governador José Maranhão (MDB) morreu nesta segunda-feira (8) — Foto: Divulgação/Agência Senado
Ao longo da internação, ele teve diversas mudanças em seu quadro clínico. Chegou a ser entubado e extubado várias vezes, mas sempre na UTI. Mas, nos últimos dias, seu quadro clínico havia piorado. A informação de sua morte foi confirmada por familiares.
Depois, a assessoria de imprensa do parlamentar emitiu nota. Confirmou a informação da morte e disse que o corpo dele vai ser trasladado para a Paraíba, para ser velado e sepultado em sua terra natal, Araruna.
Oficialmente, o horário da morte foi 21h15, segundo divulgado pela equipe médica do hospital. A nota é assinada pelos seis médicos da unidade hospitalar que vinham acompanhando o caso
Quase 70 anos de vida pública
José Targino Maranhão nasceu em Araruna, no Agreste paraibano, em 6 de setembro de 1933, filho de Benjamim Gomes Maranhão, ex-prefeito de Araruna, e de Benedita Targino Maranhão (Dona Yayá). Começou a carreira política ainda jovem, com 22 anos, quando, em 1955, assumiu pela primeira vez o cargo de deputado estadual da Paraíba pelo PTB, partido que ficou até 1967, quando mudou para o MDB. Ocupou o posto por quatro mandatos consecutivos e saiu em 1969, no período da Ditadura Militar, quando foi cassado e perdeu os direitos políticos.
Retornou à vida política em 1982, nas primeiras eleições diretas do país em mais de 20 anos. Foi eleito deputado federal, reeleito em 1986 e em 1990. Foi deputado constituinte e ajudou a criar a Constituição Federal de 1988.
Ao término do terceiro mandato na Câmara dos Deputados, foi convidado para integrar a chapa de Antônio Mariz ao Governo da Paraíba, como vice-governador. A chapa foi eleita em 1994. Mariz assumiu o cargo, mas se afastou pouco depois de empossado para tratar de um câncer. Quando o governador morreu em setembro de 1995, Maranhão assumiu em definitivo o cargo.
Em 1998 tentou a reeleição, mas entrou em choque com um colega de partido, o então senador Ronaldo Cunha Lima. Houve um racha interno para saber quem seria o candidato do PMDB ao governo naquele ano. Maranhão venceu a disputa interna e depois foi reeleito com mais de 80% dos votos válidos.
Em 2002 foi eleito senador e tentou ser governador novamente em 2006, mas perdeu a disputa para Cássio Cunha Lima (PSDB), filho de Ronaldo. A chapa de Cássio, no entanto, foi cassada em 2009 e Maranhão assumiu o cargo de governador. Tentou se reeleger em 2010, mas perdeu para Ricardo Coutinho (PSB).
Dois anos depois, foi candidato a prefeito de João Pessoa, ficando em quarto lugar na disputa. Em 2014, foi eleito senador e se licenciou para tentar o cargo de governador, em 2018, mas ficou em terceiro lugar.
Voltou para o cargo de senador e tinha mandato até 2022. Por causa do tratamento para Covid-19, precisou se licenciar em janeiro deste ano e foi substituído pela suplente Nilda Gondim, que agora assume o cargo em definitivo.
Formado em direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1961, Maranhão também era piloto de avião particular e frequentemente pilotava o próprio voo em suas viagens. Além da política, atuava também como empresário e pecuarista. Deixou a esposa, a desembargadora Maria de Fátima Bezerra, três filhos e dois netos.
Políticos lamentam a morte de Maranhão
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), foi um dos primeiros a se manifestar. “Uma tristeza imensa para todos nós, paraibanos e paraibanas, a morte do senador, ex-governador e grande paraibano José Maranhão. Das muitas vidas perdidas e histórias desfeitas pela pandemia, chega ao fim a trajetória de um homem público que dedicou sua vida ao nosso estado”.
A assessoria de imprensa do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal, emitiu nota de pesar em nome do Congresso Nacional.
“É com grande pesar que o Congresso Nacional recebe a confirmação, nesta segunda-feira (8), da morte do senador paraibano José Maranhão, aos 87 anos, vítima de complicações decorrentes da Covid-19. Em homenagem à sua memória, o Senado Federal decreta luto oficial de 24 horas. Ficam mantidas as reuniões internas de trabalho, como a Reunião de Líderes da Casa. José Targino Maranhão cumpria o seu segundo mandato como senador da República. Maranhão começou na política na década de 1950. Precisamente em 1955, quando foi eleito deputado estadual, cargo para o qual foi reeleito por mais três mandatos. Também foi três vezes deputado federal. E governador do estado da Paraíba em três ocasiões. As sinceras condolências do Parlamento Brasileiro à família, amigos e a todos os paraibanos e paraibanas”.
Muitos colegas de Senado Federal também se manifestaram pelas redes sociais:
“Meus sinceros sentimentos à família do amigo José Maranhão, à sua esposa, filhos e netos, que hoje se despedem desse grande nordestino, “mestre das obras”, que sempre lutou a favor da vida dos paraibanos e brasileiros. Fica a saudade e o exemplo de um grande ser humano”, Telmário Mota (PROS), senador por Roraima.
“É com tristeza que recebo a notícia do falecimento do senador José Maranhão (MDB-PB). Um defensor do Nordeste. Que os parentes e amigos encontrem conforto e paz. Meus sentimentos a todos e ao povo da Paraíba”, Cid Gomes (PDT), senador pelo Ceará.
“Imensa tristeza receber a notícia da morte do senador José Maranhão, do MDB da Paraíba, estado irmão de Pernambuco. Um grande quadro da política, 2° membro do Senado Federal vitimado pela Covid, assim como Arolde de Oliveira. Meus sinceros sentimentos à família e aos paraibanos”, Humberto Costa (PT), senador por Pernambuco.
“Acabo de receber a triste notícia da partida do querido amigo senador, José Maranhão. De longe, um dos maiores expoentes da nossa política, em muito contribuiu no parlamento. Não à toa, era tão querido em sua amada Paraíba. Envio meus sinceros sentimentos à família e amigos”, Randolfo Rodrigues (Rede), senador pelo Amapá.
“É com profundo pesar que tomo conhecimento do falecimento do senador José Maranhão. José Maranhão era um dos nomes mais experientes do Senado, deu grandes contribuições à política brasileira e teve uma bonita trajetória. Meus sentimentos à família e a todo povo da Paraíba”, Weverton Rocha (PDT), senador pelo Maranhão.
“Com imenso pesar q recebemos a notícia do falecimento de mais um colega do Senado Federal, vítima da Covid-19, senador José Maranhão. Perdemos um amigo e o Brasil perde um grande quadro da política nacional. Solidariedade aos amigos e familiares”, Rogério Carvalho (PT), senador por Sergipe.
“Recebo com tristeza a notícia do falecimento do senador José Maranhão, vítima da Covid-19. Assim como na política, ele lutou bravamente pela vida. Deixa um legado para a história da Paraíba e para o Brasil. Nossa solidariedade à família e amigos. Ele fará muita falta entre nós”, Flávio Arns (Podemos), senador pelo Paraná.
“Com muita tristeza recebo a notícia do falecimento de mais um companheiro de Senado. José Maranhão lutou bravamente, mas foi vencido pela Covid-19. Que Deus conforte sua família e equipe por essa dura perda. Meus sinceros sentimentos”, Plínio Valério (PSDB), senador pelo Amazonas.
“Perdemos hoje José Maranhão, referência na política brasileira e nordestina. Ele dedicou 65 anos de sua vida à Paraíba e ao Brasil como deputado, constituinte, vice-governador, governador e senador da República. Meu sincero pesar à família, aos amigos e aos paraibanos”, Fernando Collor (PROS), senador por Alagoas.
“Recebo com muita tristeza a notícia do falecimento do senador José Maranhão, o decano do Senado nessa legislatura. Convivi de perto com o senador Maranhão, especialmente quando ele presidiu a CCJ, entre 2015 e 2016, logo quando cheguei ao Senado e tornei-me titular da comissão”, Antonio Anastassia (PSD), senador por Minas Gerais.
“Perdemos o senador José Maranhão (MDB) na luta contra a Covid-19. Ele resistiu bravamente 71 dias contra a doença. Foi meu parceiro na Comissão de Agricultura e na CCJ do Senado Federal. Mais um colega que nos deixa nesta pandemia. Meus sentimentos aos amigos e familiares”, Luis Carlos Heinze (Progressistas), senador pelo Rio Grande do Sul.
“Hoje o Senado Federal sofreu mais uma grande perda para a Covid-19. Nosso colega senador e ex-governador da Paraíba, José Maranhão, não resistiu às complicações desta terrível doença. Com seus quase 70 anos de vida pública, deixa um legado de trabalho e de dedicação ao seu Estado”, Nelsinho Trad (PSD), senador pelo Mato Grosso do Sul.
www.reporteriedoferreira.com.br com G1
Petrobras aumenta preço da gasolina em cerca de 8% nas refinarias
Foto: Arquivo/ Tribuna do Paraná
A Petrobras anunciou hoje (8) um aumento de cerca de 8% no preço da gasolina a ser vendido pelas refinarias para as distribuidoras. Com isso, o preço médio do litro do combustível subiu R$ 0,17 e passará a ser de R$ 2,25 a partir de amanhã (9).
Já o óleo diesel aumentou cerca de 6% (R$ 0,13 por litro) e passará a custar R$ 2,24 também a partir de amanhã (9).
O GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de botijão, também terá aumento no preço: cerca de 5% (R$ 0,14 por kg). Com o reajuste do preço, o gás de botijão passará a custar 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg).
“Importante ressaltar que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, informa nota divulgada pela empresa.
www.reporteriedoferreira.com.br Agência Brasil
Campanha “Meu corpo não é sua folia” é lançada na Paraíba
Trata-se de uma campanha de conscientização e educativa que visa alertar a população sobre as violências e que ocorre há três anos.
Campanha foi lançada nesta segunda-feira (08) com representantes de diversos seguimentos que compõem a rede de atenção à mulher. (Foto: Reprodução)
A campanha “Meu corpo não é sua folia”, que é geralmente lançada no período de Carnaval por conta das aglomerações em blocos e aborda a questão da importunação sexual, será diferente este ano por conta da pandemia do novo coronavírus. Em vários municípios paraibanos, os eventos foram cancelados assim como o ponto facultativo do período suspenso como medida de prevenção a covid-19. Parte da população deve ficar em casa assistindo as lives que estão programas. Serão nessas programações em que haverá a inserção da campanha.
Este ano, devido o distanciamento social será a medida recomenda para prevenção do coronavírus, a campanha visa abordar todos os tipos de violêncio, tendo em vista que vítima e agressor poderão estar na mesma casa. De acordo com a coordenadora da Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, a delegada Maísa Félix, a campanha é educativa e de consciencialização da população sobre a necessidade de denunciar.
“Nós sabemos que as festas de momo é uma das mais populares, apesar do momento de pandemia, o bom senso pede que fique em casa, é exatamente aí que não poderíamos de deixar de fazer a campanha porque vai ser casa, no sábado e no domingo, que é o sábado de Zé Pereira e o domingo de Carnaval que nós vamos ter live dentro de casa”, comentou em conversa ao ClickPB, destacando que há ainda diversas mulheres que não conseguiram denunciar a violência: “não tiverem essa oportunidade, esse
A coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), juíza Graziela Queiroga, reforçou que apesar do momento pandêmico se fez necessário fazer a campanha, que chega ao terceiro ano consecutivo. O foco sempre foi a questão da importunação sexual, mas que este ano irá abordar todas as formas de violência. “A violência domestica é crime e é cometida nos ambientes familiares, a partir do momento que a gente pede fique em casa, a gente também traz a discussão de que as mulheres não hesitem e peçam ajuda”, ressaltou
www.reporteriedoferreira.com.br / Clickpb
QUANDO O SILENCIAR NÃO É OPORTUNO : Por Rui Leitao
QUANDO O SILENCIAR NÃO É OPORTUNO : Por Rui Leitao
Nem sempre o silêncio é a atitude mais acertada. Há momentos em que é necessário falar, gritar até, para que todos possam ouvir o que você quer e precisa dizer. É quando o calar-se pode dar a impressão de desistência, resignação, condescendência. É preciso ter a coragem de se rebelar diante do que provoca insatisfação, indignar-se com o que entende ser prática de injustiça, demonstrar aversão ao tratamento desigual que afronta o princípio de equidade social.
A não ser que o silêncio seja uma estratégia para avançar. Uma espécie de jogo para simular um recuo, uma tática de quem quer pegar o adversário de surpresa. Na linguagem popular seria dizer: fingir-se de morto.
Não consigo ter essa frieza. Meu temperamento não consegue agir dessa forma. Sou espontâneo, transparente. Prefiro o grito de guerra ao fingimento de acomodação. Não quero me colocar no refúgio dos fracos. O silêncio, às vezes, é uma confissão de covardia. Recuso-me compactuar com o que não concordo. Não aceito nada que me seja enfiado de goela abaixo. Não sei assumir o sofrimento silente.
Não quero que no meu silêncio se veja uma ação de ausência. Não abro mão de ser protagonista do meu próprio destino. Na minha voz mostro quem eu sou. Ainda que o som seja de alegria ou de pranto. Mas em qualquer circunstância é um brado de amor. Num protesto se manifesta o amor a uma causa. No grito de alegria também se afirma a expressão da comemoração de vitórias no que acreditamos, isso também é amor.
Não queiram que eu fique calado. Não sou adepto dos solilóquios. Prefiro dialogar, discutir, debater, até que me convençam que eu não tenho razão. Detesto submeter minha liberdade ao controle de outros. Deixem-me ser quem eu sou. Com os defeitos e virtudes que formam minha personalidade. Só não me peçam, jamais, para me calar perante absurdos que presencio. Não me forcem a emudecer ao testemunhar o opróbio. Resistir é preciso.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Rui Leitão- jornalista, advogado, escritor.
POR QUE KID MORENGUEIRA? Por Gilvan de Brito
POR QUE KID MORENGUEIRA? Por Gilvan de Brito
Nos círculos de amigos próximos, Martinho Moreira Franco, falecido na semana passada, era chamado de Kid Morengueira, apelido que ganhou aos 26 anos, em 1972 e que levou até último dia, colado como um band aid. E eu vou contar a história por testemunhar o episódio: Trabalhávamos na sala de imprensa do governador Ernani Sátyro , sob o comando do jornalista Noaldo Dantas, numa época em que o cantor Moreira da Silva, estava fazendo sucesso com os seus sambas de breque que havia inventado. Certo dia Moreira da Silva lançou o disco Kid Morengueira, contendo uma música que dava título ao LP e que ainda serviu de referência noutros discos seus.
O sucesso foi imediato, os amantes desse estilo musical em todo o Brasil cantavam a música, que logo disparou nas paradas de sucesso. Na redação, que contava com Biu Ramos, Jório Machado, Martinho Moreira Franco, Luiz Crispim, Barreto Neto, Luis Ferreira, Carlito, Frank Ribeiro – além da minha participação – todos os dias, antes da chegada de Noaldo às 17 hs, havia um bate-papo com algumas tiradas de humor, capitaneadas por Barreto Neto, reconhecidamente um humorista nato.
E foi dele a ideia de chamar Martinho Moreira Franco de Morengueira, em consonância com o Moreira, que logo “pegou”. Depois de alguns dias como Morengueira, naturalmente que lhe foi acrescentado o título da música: Kid Morengueira, como passou a ser chamado na redação e fora dela até a última semana, 49 anos após.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Gilvan de Brito- Jornalista, advogado e escritor