QUARENTENA CORONAVIRUS ─ PROFESSOR TRINDADE MADRUGUINHA E JUDIVAN. POLÍTICA E LETRAS. HUMOR SEM OFENSA,

O emérito professor Trindade (que admiro, mas não conheço pessoalmente) fala e escreve sobre o que sabe: a gramática e a escrita. Tem livro na lista dos mais vendidos, encontrados em bancas de jornais, livrarias, de fácil acesso nas bibliotecas e pertinho da mão, no pé da rede, nos birôs dos escritores. Indispensável nas redações dos jornais e publicações impressas que ainda funcionam. É destaque na midia eletrônica planetária, em websites e portais, que dominam o cenário da convivência social yankee, que insinuam elegeu o negro Barack Obama presidente dos EUA, vencendo preconceitos raciais que dominam particularmente o profissionalismo da comunicação. Piancoense de nascimento ele foi criado em Patos e depois passou a morar na capital, cumprindo esse fluxo populaciconal determinado pelas leis demográficas, sobre a forte atração que a praia e o desenvolvimento dos centros urbanos exercem no êxodo rural e das vilas e povoados.
Mas, cada um no seu lugar, procedendo segundo o seu modo de superar dificuldades. O preclaro professor Trindade, figurou na lista de candidatos, entre eles o saudoso Josélio Gondim, a uma cadeira na Academia Paraibana de Letras.
Bem apessoado, o mestre da língua portuguesa forma o minitrio guerreiro do Vale do Piancó, ao lado dos deputados Soares Madruga e Judivan Cabral, vitoriosos na lutas que enfrentaram na Paraiba. Integravam as parcialidades do falecido ex governador Wilson Braga em Conceição, e em Piancó de oposição aos Leite Ferreira hoje decadentes, liderados por Antonio Leite Montenegro, A tríade dos “cotocos de gente” formada por Soares Madruga, apelidado o “vademecum” de Buriti um astucioso ex-seminarista e governador biônico, que nada sabia da política, e para solucionar impasses, recorria ao esperto Madruguinha. Por sua vez, Judivan Cabral, que mandava absoluto no Aguiar, era citado sem provas, em assaltos, assassinatos, roubo de gado, negócios escusos. Tanto que desde a troca de uma bicicleta e a compra de um jumento, somente com a sua aprovação, teria validade no Aguiar. Nenhum chefe sertanejo o superou em prestigio, respeito e autoridade, que raiavam ao arbítrio. Nem os Gonçalves de Abrantes no Lastro, os Maia em Catolé, notáveis no cangaço do sertão, como inquinavam os seus adversários. O mais elegante e fashion entre os citados era Judivan, que entrava no “senado de Chico Souto” trajando um diagonal branco engomado, estralando, recebido em silêncio respeitoso pelos presentes, entre eles Pedro Gondim, Zé Cavalcanti…
Surpreendentemente, a crônica da sociedade e a sua historia os referencia, no tope maior, nas alturas das posições por eles conquistadas e reconhecidas. A minguada estatura não ofuscou a grandeza do brilho cerebrino, que agigantou os seus feitos.
Nesta ordem de ideias, recorro à legenda, que nos pequenos frascos são guardados os melhores perfumes, e registro sem humor, parodiando, uma tradição do guerreiro Vale do Piancó, nesse destaque político e eleitoral de Soares Madruga em Itaporanga, do coronel bacharel Judivan Cabral no Aguiar, e o professor Trindade da cidade mater Piancó, como linguista, jornalista, intelectual. Grandãos mesmo no Vale, lembro somente na estatura, no cangaço com o respeito do revolver na cintura, a bala na agulha, os impertérritos Nitão. Um deles, Agente Fiscal lotado na coletoria estadual de Uirauna, por somenos, bateu mão de um revolver e assassinou um filho da terra em plena via pública, em período eleitoral, eu candidato a deputado estadual. Livrado o flagrante ele se apresentaria à justiça em data marcada, Familiares dos Nitão, conterrâneos do Vale procuraram o meu pai, para que eu funcionasse como advogado do reu na audiência. Seria um desastre para a minha candidatura, vigiada por Madruguinha e o coronel Judí, elementos perigosos nesses esquemas. Mas aceitaram os Nitão, depois de desculpas, o compromisso do meu interesse em patrocinar moralmente a ação, e no processo, formalmente através um advogado competente que funcionaria na defesa. Quase perdia 1800 votos,que João Agripino me dava incluindo-me na dobradinha Mariz/Eilzo, do Palácio da Redenção. Teria custado a minha eleição.
Não me chateio com observações nem advertências amistosas ou pilhéricas, que me fazem em razão dos meus textos no Face. Sou na verdade, e me reconheço, desorganizado quanto ao que guardo e uso. E a desordem nas anotações sobre conceitos científicos e filosóficos, que algumas vezes sustentam a minha argumentação, tornam os meus escritos muitas vezes incoerentes, misturando alhos com bugalhos, sobre princípios e resultados. Tenho a boa vontade para falar e escutar, escrever e ler. Talvez seja o que me salva ou prejudica irremediavelmente.



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