Bolsonaro é quem está esticando a corda

Bolsonaro é quem está esticando a corda

“O cabo de guerra que consiste em esticar a corta tem, na ponta liderada por Bolsonaro, não só oficiais do Exército, mas também policiais das PMs e milicianos. A cada alavanco dado por este grupo, chegamos mais próximos da linha tênue que separa os alicerces combalidos do Estado Democrático de Direito do estado autoritário fascista”, avalia Florestan Fernandes

Presidente Jair Bolsonaro coloca máscara de proteção em Brasília 09/06/2020
Presidente Jair Bolsonaro coloca máscara de proteção em Brasília 09/06/2020 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Por Florestan Fernandes Jr., para o Jornalistas pela Democracia

Apesar das constantes ameaças antidemocráticas e inconstitucionais de fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional feitas por apoiadores do governo, pelos filhos de Bolsonaro e por ele próprio, o general da ativa e ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que é ultrajante falar em golpe por parte das Forças Armadas. Mas, na mesma entrevista para uma conhecida revista de direita, o general não conteve suas convicções autoritárias ao dizer: “Não estica a corda”.

O recado estava dado. As Forças Armadas não aceitarão a condenação de Bolsonaro em qualquer julgamento por possíveis crimes cometidos pelo chefe da Nação. O que mais preocupa o Planalto neste momento é o julgamento que corre no TSE de crime eleitoral cometido pela chapa Bolsonaro/Mourão por fake news utilizadas na campanha de 2018.

Infelizmente, tenho que concordar com o general Ramos: não existe a menor possibilidade de golpe, porque ele já foi dado no dia 31 de agosto de 2016 na votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Naquele dia, parlamentares, com apoio do Supremo, da mídia corporativa e de setores reacionários da Justiça e da sociedade civil rasgaram a Constituição ao afastar a chefe de Estado sem crime de responsabilidade. A chegada das Forças Armadas ao poder junto com Bolsonaro é apenas a concretização deste golpe contra a nossa Constituição.

O cabo de guerra que consiste em esticar a corta tem, na ponta liderada por Bolsonaro, não só oficiais do Exército, mas também policiais das PMs e milicianos. A cada alavanco dado por este grupo, chegamos mais próximos da linha tênue que separa os alicerces combalidos do Estado Democrático de Direito do estado autoritário fascista que ameaçam os princípios básicos de cidadania e o futuro do país.

Brasil 247




Coronavírus: Pequim teme segunda onda da Covid-19 após surto em mercado

13/06/2020 17h33  Atualizado há 2 horas

Xinfadi é o maior mercado de Pequim: por ele passam 80% das verduras e legumes e da carne consumida pela cidade — Foto: Getty Images via BBC

Xinfadi é o maior mercado de Pequim: por ele passam 80% das verduras e legumes e da carne consumida pela cidade — Foto: Getty Images via BBC

Uma área de Pequim entrou novamente em lockdown depois que a cidade registrou novos casos da Covid-19 após quase 50 dias sem novas ocorrências. O surto está ligado a um dos maiores mercados atacadistas da capital chinesa.

Um total de 45 pessoas entre 517 testadas no mercado Xinfadi foram diagnosticadas com o novo coronavírus – nenhuma tinha sintomas. Nos próximos dias, 10 mil funcionários do mercado serão testados.

Autoridades locais afirmaram ainda que devem testar todos que tiveram algum contato recente com o mercado, assim como aqueles que vivem nos distritos do entorno.

O episódio levou à reimplementação de medidas restritivas de quarenta em 11 bairros próximos.

O que se sabe sobre os novos casos?

Localizado no distrito de Fengtai, o mercado Xinfadi foi fechado nas primeiras horas deste sábado (13), depois que dois homens que tinham ido recentemente ao estabelecimento testaram positivo para a Covid-19.

Exames realizados no mercado mostraram que 45 pessoas estavam infectadas com o Sars-CoV-2.

Cerca de 10 mil pessoas que trabalham no mercado serão testadas — Foto: Getty Images via BBC

Cerca de 10 mil pessoas que trabalham no mercado serão testadas — Foto: Getty Images via BBC

“De acordo com o princípio de se colocar a segurança da população e a saúde em primeiro lugar, adotamos medidas de lockdown no mercado Xinfandi e nos bairros do entorno”, declarou em entrevista coletiva Chu Junwei, autoridade local do distrito de Fengtai.

O distrito está em “emergência de guerra”, ele acrescentou. Centenas de policiais militares foram vistos entrando no mercado. O transporte público na área foi interrompido e as escolas, fechadas.

Diante do temor de que a capital possa viver uma segunda onda da doença, eventos esportivos que aconteceriam em outras regiões foram cancelados e alguns estabelecimentos resolveram fechar as portas.

De acordo com o correspondente da BBC na China, Stephen McDonell

Nos últimos meses, a estratégia do governo chinês tem sido isolar completamente qualquer cidade em que haja possíveis centros de disseminação da doença.

“Isso parece vir funcionando, mas colocar Pequim inteira em lockdown em um momento em que parecia que a situação já estava sob controle não é algo que eles quererão fazer de maneira precipitada.”

O surto da Covid-19 na China, que teve seu epicentro na cidade de Wuhan, foi controlado mediante a implementação de medidas duras de quarentena. Mais de 4,6 mil pessoas morreram da Covid-19 no país e mais de 426 mil no mundo, de acordo com o registro feito pela Universidade Johns Hopkins.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por BBC




Supremo recebe com cautela nota conjunta do Planalto sobre Forças Armadas

Um ministro ouvido em caráter reservado criticou a manifestação, mas não considera que aumentará a crise entre o Judiciário e o Executivo

Por Agência O Globo | Agência O Globo – | 13/06/2020 17:50

Supremo Tribunal Federal recebeu nota do Planalto com cautela

Agência Brasil

Supremo Tribunal Federal recebeu nota do Planalto com cautela

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos em caráter reservado receberam com cautela a nota conjunta do presidente Jair Bolsonaro , do vice, Hamilton Mourão , e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo . Segundo a nota, “as Forças Armadas do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos”.

Um ministro do Supremo criticou a manifestação. Entretanto, não considera que a nota aumenta a crise entre o Judiciário e o Executivo, porque as decisões do tribunal vêm sendo cumpridas. Outro ministro avaliou, também de forma reservada, que a nota é uma resposta à decisão do ministro Luiz Fux segundo a qual as Forças Armadas não são um poder moderador para resolver confrontos entre o Executivo, Legislativo e Judiciário.

Foi também uma forma de dizer que entenderam o recado de Fux. A decisão foi tomada na quarta-feira, em uma ação em que o PDT pediu para a Corte esclarecer as atribuições dos militares, de acordo com a Constituição Federal.

O caso

A polêmica sobre o papel das Forças Armadas ganhou notoriedade quando foi divulgado vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que Jair Bolsonaro afirmou que existe um dispositivo que permite aos Poderes pedir intervenção militar para restabelecer a ordem.

“Nós queremos fazer cumprir o artigo 142 da Constituição. Todo mundo quer fazer cumprir o artigo 142 da Constituição. E, havendo necessidade, qualquer dos Poderes pode, né? Pedir às Forças Armadas que intervenham para restabelecer a ordem no Brasil”, disse o presidente.

Segundo Fux , numa federação, nenhum Poder pode prevalecer sobre os demais. Na quarta-feira da semana passada, o ministro Luís Roberto Barroso tomou decisão no mesmo sentido, o que deixou claro o recado do STF ao governo.

www.reporteriedoferreira.com.br   Por Ig




Governo do DF fecha acampamento pró-Bolsonaro, e Sara Winter apela a presidente

A ação fez parte do programa DF Legal, promovido pela Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, para fiscalizar e combater construções ou estabelecimentos ilegais.

A secretaria afirmou que os manifestantes ocupavam área pública na Esplanada dos Ministérios, o que não é permitido, e em acampamentos irregulares. (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Um acampamento a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na região central de Brasília foi desmontado na manhã deste sábado (13) pelo governo do Distrito Federal. A ativista do movimento 300 do Brasil Sara Winter pediu uma “reação” do mandatário.

A ação fez parte do programa DF Legal, promovido pela Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, para fiscalizar e combater construções ou estabelecimentos ilegais.

A secretaria afirmou que os manifestantes ocupavam área pública na Esplanada dos Ministérios, o que não é permitido, e em acampamentos irregulares. “Houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto”, informou.

A pasta citou ainda decreto que estabelece medidas para combater a pandemia do coronavírus e que proíbe aglomerações com mais de cem pessoas em eventos que precisam de autorização prévia do GDF.

Nas redes sociais, Sara Winter disse que a Polícia Militar do Distrito Federal e a Secretaria de Segurança Pública chegaram no local às 6h desmontando barracas e geradores com “gás de pimenta e agressões”. “A militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, reaja”, escreveu.

Em seguida, ela alegou que uma pessoa que estava orando e cantando o Hino Nacional foi atingida por gás de pimenta para que uma “carreata do PT” passasse no local. Um grupo contra Bolsonaro e favor da democracia fez ato pela manhã na região da Esplanada dos Ministérios, mas só chegou próximo de onde estava o acampamento cerca de três horas depois.

Procurada pelo UOL, a Polícia Militar informou que prestou apoio a uma ação desencadeada pela Secretaria de Segurança Pública e não houve registro de ocorrências. O Corpo de Bombeiros também esteve presente para apoio.

Apoiadores e pessoas no acampamento gritaram palavras de ordem contra o desmonte, classificando a situação como ditatorial, e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Vestindo roupas em verde e amarelo, e com bandeiras do Brasil, eles ainda chamaram o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), de “fascista” e “comunista”.

Os manifestantes estavam acampados há semanas na Esplanada dos Ministérios, por vezes mudando de local. Em determinado momento, chegaram a ficar ao lado da sede do Ministério da Justiça e do Supremo. Em entrevista à BBC Brasil, Sara Winter, cujo sobrenome verdadeiro é Geromini, confirmou que havia pessoas armadas em um dos acampamentos. Ela justificou que as armas eram para a proteção dos próprios membros e não tinham relação com a militância.

A ativista é investigada no âmbito do inquérito das fake news do STF e foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Federal no final de maio. Ela teve celular e computador apreendidos pela corporação.

Após a ação, ela falou em “infernizar” a vida de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo que autorizou a ação, e em ‘trocar socos’ com ele.




Batalhão de Polícia Ambiental faz doações às famílias carentes em João Pessoa, Patos e Campina Grande.

 

 

Neste sábado (13), o Batalhão de Polícia Ambiental, através da campanha “Somos Solidariedade”, lançada pelo Governo do Estado da Paraíba, realizou a doação de 137Kg de alimentos, 40 kits de higiene e 100 pares de tênis e 50 pares de sandálias, que foram distribuídos às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade em João Pessoa, Patos e Campina Grande.

“Agradecemos a parceria do Ministério Público, da empresa Alpargatas e de todos que colaboraram para que esta ação solidária fosse realizada. Que a vontade de ajudar esteja sempre à frente das nossas ações!”  BPAmb – Batalhão de Polícia Ambiental Lauro Pires Xavier

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General Ramos nega golpe, mas faz alerta para a oposição “não esticar a corda”

Ministro da Secretaria de Governo diz que presenciou ato contra o governo “disfarçado” e não vê chance de processo de impeachment de Bolsonaro

Por Agência O Globo | 12/06/2020 13:36

General Luiz Eduardo Ramos%2C ministro da Secretaria de Governo

Anderson Riedel/PR

General Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos , rechaçou qualquer possibilidade de um golpe militar no país e afirmou não haver motivos para se cogitar um processo de impeachment ou afastamento do presidente Jair Bolsonaro , seja no Congresso ou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ramos, que é general da ativa, afirmou em entrevista à Veja publicada nesta sexta-feira (12) que esteve “disfarçado” na manifestação contra o racismo e o governo, em Brasília, no último domingo, e afirmou que depois de ter sido criticado por outros militares de alta patente por sua participação em um ato ao lado de Bolsonaro no mês passado, vai pedir a aposentadoria das Forças Armadas.

“É ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático. O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda”, disse. O ministro se mostrou assustado com as faixas de protesto na manifestação com acusações de fascismo ao governo Bolsonaro.

Confira outros trechos da entrevista:

Sobre impugnação da chapa Bolsonaro-Mourão

“Acho que não vai acontecer, porque não é pertinente para o momento que estamos vivendo. O Rodrigo Maia (presidente da Câmara) já disse que não tem nenhuma ideia de pôr para votar os pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Se o Congresso não cogita essa possibilidade, o TSE que vai julgar a chapa irregular? Não é uma hipótese plausível”.

Atos contra o governo

“Só há uma coisa que me incomoda e me desperta atenção. Um movimento democrático usando roupa preta. Isso me lembra muito autoritarismo e black blocs. Quando falo em democracia, a primeira coisa que me vem à mente é usar as cores da minha bandeira, verde e amarelo. No domingo, fiquei disfarçado no gramado em frente ao Congresso observando o pessoal. Eles não usavam vermelho para não pegar mal. Mas me pareceu que eram petistas”.

Participação em ato pró-governo e reserva

“Fui muito criticado no dia seguinte pelos meus companheiros de farda. Não me sinto bem. Não tenho direito de estar aqui como ministro e haver qualquer leitura equivocada de que estou aqui como Exército ou como general. Por isso, já conversei com o ministro da Defesa e com o comandante do Exército. Devo pedir para ir para a reserva”.

Depoimento por ordem do STF

“Não precisava (ir depor à Polícia Federal no caso da reunião ministerial com Sergio Moro por decisão do ministro Celso de Mello). Da mesma forma ocorreu com o pedido de apreensão do aparelho celular do presidente da República. Isso gerou um calor desnecessário entre as instituições. Além disso, vazou a mensagem de WhatsApp em que o ministro do Supremo comparou o presidente Bolsonaro ao Hitler e os seus seguidores a nazistas. Isso contribui para o clima de diálogo e para buscar uma harmonia entre os poderes? Acredito que não.”

Aliança com o centrão e indicação política

“Todo cargo do governo federal serve para implantar políticas públicas. Por isso, precisamos preenchê-los com pessoas que estejam alinhadas com o governo, que tenham projetos convergentes. Há mais de 11 000 cargos que têm uma indicação política em sua origem (…). Temos um quadro de quem vota e de quem não vota com o governo. É o que eu digo: quer fazer parte do governo? Tem de fazer parte do governo de fato. Agora, a negociação é com os partidos. A fidelidade é uma responsabilidade dos partidos. O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, tem sessenta votos. Por isso, ele tem espaço no governo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ele assumiu o compromisso de ser governo. Exijo um nível de fidelidade de ao menos 80%”.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig




Carta do Consórcio Nordeste repudia perseguição e condena invasão de hospitais sugerida por Bolsonaro

 

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O governadores do Consórcio Nordeste se posicionaram contra as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a condução da crise da COVID-19. Em mais uma delas, o chefe do Executivo havia recomendado as pessoas que “arranjem um jeito” de invadir hospitais públicos para checar a ocupação de leitos.

Os gestores assinaram uma carga informando que têm lutado para combater o coronavírus e fala da política de “negacionismo” do presidente.

“Desde o início da pandemia, os Governadores do Nordeste têm buscado atuação coordenada com o Governo Federal, tanto que, na época, solicitamos reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que foi realizada no dia 23/03/2020, com escassos resultados. O Governo Federal adotou o negacionismo como prática permanente, e tem insistido em não reconhecer a grave crise sanitária enfrentada pelo Brasil, mesmo diante dos trágicos números registrados, que colocam o país como o segundo do mundo, com mais de 800 mil casos”, destaca um trecho do documento.

LEIA A CARTA NA INTEGRA

“Não é invadindo hospitais e perseguindo gestores que o Brasil vencerá a pandemia

Os governadores de Estado têm lutado fortemente contra o coronavírus e a favor da saúde da população, em condições muito difíceis. Ampliamos estruturas e realizamos compras de equipamentos e insumos de saúde de forma emergencial pelo rápido agravamento da pandemia. Foi graças à ampliação da rede pública de saúde, executada essencialmente pelos Estados, que o país conseguiu alcançar a marca de 345 mil brasileiros recuperados pela Covid-19 até agora, apesar das mais de 41 mil vidas lamentavelmente perdidas no país.

Desde o início da pandemia, os Governadores do Nordeste têm buscado atuação coordenada com o Governo Federal, tanto que, na época, solicitamos reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, que foi realizada no dia 23/03/2020, com escassos resultados. O Governo Federal adotou o negacionismo como prática permanente, e tem insistido em não reconhecer a grave crise sanitária enfrentada pelo Brasil, mesmo diante dos trágicos números registrados, que colocam o país como o segundo do mundo, com mais de 800 mil casos.

No último episódio, que choca a todos, o presidente da República usa as redes sociais para incentivar
as pessoas a INVADIREM HOSPITAIS, indo de encontro a todos os protocolos médicos, desrespeitando profissionais e colocando a vida das pessoas em risco, principalmente aquelas que estão internadas nessas unidades de saúde.

O presidente Bolsonaro segue, assim, o mesmo método inconsequente que o levou a incentivar aglomerações por todo o país, contrariando as orientações científicas, bem como a estimular agressões contra jornalistas e veículos de comunicação, violando a liberdade de imprensa garantida na Constituição.

Além de tudo isso, instaura-se no Brasil uma inusitada e preocupante situação. Após ameaças políticas reiteradas e estranhos anúncios prévios de que haveria operações policiais, intensificaram-se as ações espetaculares, inclusive nas casas de governadores, sem haver sequer a prévia oitiva dos investigados e a requisição de documentos. É como se houvesse uma absurda presunção de que todos os processos de compra neste período de pandemia fossem fraudados, e governadores de tudo saberiam, inclusive quanto a produtos que estão em outros países, gerando uma inexistente responsabilidade penal objetiva.

Tais operações produzem duas consequências imediatas. A primeira, uma retração nas equipes técnicas, que param todos os processos, o que pode complicar ainda mais o imprescindível combate à pandemia. O segundo, a condenação antecipada de gestores, punidos com espetáculos na porta de suas casas e das sedes dos governos.

Destacamos que todas as investigações devem ser feitas, porém com respeito à legalidade e ao bom senso. Por exemplo, como ignorar que a chamada “lei da oferta e da procura” levou a elevação de preços no MUNDO INTEIRO quanto a insumos de saúde?

Ressalte-se que, durante a pandemia, houve dispensa de licitação em processos de urgência, porque a lei autoriza e não havia tempo a perder, diante do risco de morte de milhares de pessoas. A Lei Federal 13.979/2020 autoriza os procedimentos adotados pelos Estados.

Estamos inteiramente à disposição para fornecer TODOS os processos administrativos para análise de qualquer órgão isento, no âmbito do Poder Judiciário e dos Tribunais de Contas. Mas repudiamos abusos e instrumentalização política de investigações. Isso somente servirá para atrapalhar o combate ao coronavírus e para produzir danos irreparáveis aos gestores e à sociedade.

Deixamos claro que DEFENDEMOS INVESTIGAÇÕES sempre que necessárias, mas de forma isenta e
responsável. E, onde houver qualquer tipo de irregularidade, comprovada através de processo justo, queremos que os envolvidos sejam exemplarmente punidos.

Assinam esta carta

Rui Costa
Governador da Bahia

Renan Filho
Governador de Alagoas

Camilo Santana
Governador do Ceará

Flávio Dino
Governador do Maranhão

João Azevedo
Governador da Paraíba

Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

Wellington Dias
Governador do Piauí

Fátima Bezerra
Governadora do Rio Grande do Norte

Belivaldo Chagas
Governador de Sergipe

Confira a íntegra da carta:

 

 




BRIGA DE FOICE  Escrito Por Gilvan de Brito

BRIGA DE FOICE  Escrito Por Gilvan de Brito

Por que os partidos estão se engalfinhando para ocupar a vaga que será deixada por Rodrigo Maia, em janeiro próximo, na presidência da Câmara dos Deputados? Eu respondo: a presidência da Câmara é a segunda opção na linha sucessória da presidência da República. Atualmente existem no Superior Tribunal Eleitoral (TSE) cinco pedidos de anulação da eleição de Bolsonaro e Mourão e a maioria dos políticos acredita que mais cedo ou mais tarde um deles vingará. Se for até o fim do ano, Maia assumiria a presidência.

Se for depois de janeiro a Câmara já terá um novo presidente, segundo determina o regimento interno da Casa (mandato de dois anos, proibida a reeleição). Como Maia acredita que a chapa eleita em 2018 será inevitavelmente cassada pelo TSE e, pelo sim e pelo não, já está se articulando para mudar o regimento interno da Câmara a fim de garantir a sua reeleição, que lhe daria a presidência da República com a cassação da chapa, presentemente ou também no próximo ano, caso o afastamento não se verifique até janeiro.

Por esse motivo, preventivamente, ele está segurando os 23 pedidos de impeachment de Bolsonaro, que se encontram na sua gaveta. Isso porque, com o afastamento de Bolsonaro através do impeachment, Mourão assumiria, como solução constitucional, como aconteceu com Itamar Franco, com a cassação de Fernando Collor, para os dois anos finais do mandato. Enquanto isso, durma-se com um barulho desses.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé, chapéu e atividades ao ar livre
www.reporteriedoferreira.com.br  Por Gilvan de Brito- Jornalista- Advogado e Ecrtitor.



A partir dessa segunda-feira (15), haverá uma flexibilização gradual do isolamento social , diz governador Azevêdo

 

A partir desta segunda-feira (15), haverá uma flexibilização gradual, ainda sem permitir aglomerações e abertura de espaços públicos de cultura e lazer.

A coletiva inclui a presença dos secretários de Saúde, Daniel Beltrammi, Controladoria Geral do Estado, Letácio Guedes e procurador-geral do estado, Fábio Andrade. (Foto: Reprodução)

O governador da Paraíba, João Azevêdo, em transmissão ao vivo na noite desta sexta-feira (12), explicou o projeto gradual de flexibilização do isolamento social diante a pandemia de covid-19 na Paraíba.

A coletiva inclui a presença dos secretários de Saúde, Daniel Beltrammi, Controladoria Geral do Estado, Letácio Guedes e procurador-geral do estado, Fábio Andrade. O decreto com todas as normas e especificações será publicado até este sábado (13).

A partir desta segunda-feira (15), haverá uma flexibilização gradual, ainda sem permitir aglomerações e abertura de espaços públicos de cultura e lazer.

“A graduação desse isolamento domiciliar dependerá individualmente de cada município”, explicou Dr. Geraldo.

As escolas das redes públicas e privadas seguem fechadas. O ensino continuará padronizado via internet.

Salões de beleza, barbearias e outros só poderão atender via agendamento. Restaurantes funcionam em sistema de delivery, drive thru e take away (buscar no local). Hotéis e pousadas deverão funcionar para atender profissionais de saúde ou em rodovias.

Shopping Centers não devem abrir portas, atendendo via delivery ou drive thru.

Celebrações religiosas devem evitar aglomerações ou realizar cerimônias através de transmissões ao vivo.

“não haverá problema nenhum se detctarmos que será preciso recuar em determinado momento, em determinada região é um trabalho que depende muito de todos os gestores municipais e de toda a população do estado”, explicou João Azevêdo.

Veja a lista completa da classificação dos municípios da Paraíba por bandeiras

No plano, cada município recebe uma bandeira de cor, que varia de vermelho ao verde.

Foto: Divulgação / Governo do Estado da PB

O governador João Azevêdo assinou, na última sexta-feira (12), o decreto que dispõe sobre a adoção do plano “Novo Normal Paraíba” e estabelece a matriz de orientação para a retomada na segunda-feira (15).

No plano “Novo Normal da Paraíba”, cada município recebe uma bandeira de cor, que varia de vermelho ao verde, de acordo com índices de propagação do vírus e risco para a população com relação à assistência hospitalar. Com esta informação, observa-se quais tipos de negócios podem ser abertos e como devem funcionar.

Com a bandeira laranja estão 126 cidades, entre elas João Pessoa, Campina Grande e Conde. De acordo com o levantamento feito pelo governo, 82 municípios estão com bandeira amarela como Sousa e Cajazeiras, ambos localizados no Sertão paraibano.

Ainda de cordo com os dados, 14 cidades estão com bandeira vermelha, incluindo Santa Rita e Bayeux, localizadas na Grande João Pessoa. Apenas a cidade de Cacimbas apresentou bandeira verde. Clique aqui para saber a bandeira de cada cidade paraibana.

Veja o que funciona com a liberação dos municípios através das bandeiras

Será liberado para o funcionamento, em qualquer bandeira, salões de beleza e barbearias, atendendo exclusivamente por agendamento prévio e sem aglomeração de pessoas nas suas dependências e observando todas as normas de distanciamento social; shoppings centers, exclusivamente para entrega de mercadorias por meio de (delivery), inclusive por aplicativos, e como pontos de retirada de mercadorias (drive trhu), vedado, em qualquer caso, o atendimento presencial de clientes dentro das suas dependências; as lojas e estabelecimentos comerciais, exclusivamente para entrega de mercadorias (delivery); missas, cultos e demais cerimônias religiosas poderão ser realizadas online, por meio de sistema de drive-in e nas sedes das igrejas e templos, neste caso com ocupação máxima de 30% da capacidade e observando todas as normas de distanciamento social; hotéis, pousadas e similares, exclusivamente para atendimentos relacionados à pandemia do novo coronavírus; estabelecimentos que trabalham com locação de veículos; e treinamentos de atletas profissionais, observando todas as normas de distanciamento social.

Bandeira laranja e vermelha

Nos municípios sinalizados com bandeira laranja e vermelha, poderão funcionar – além dos já sinalizados com adequação – apenas atividades essenciais, como: agropecuária; cadeia produtiva e atividades acessórias essenciais; bancos, casas lotéricas, correspondentes bancários e seguradoras; empresas de telecomunicação, comunicação e imprensa; distribuidoras e geradoras energia, atividades de extração, produção, siderúrgica e afins; transporte, armazenagem, empresas de logística, Correios e manutenção de veículos automotores; supermercados e afins; serviços de Saúde; tratamento de água e esgoto e coleta de resíduos; e administração pública (observada a adoção regimes home office).

Bandeira amarela 

Nas regiões com bandeira amarela, funcionam os já autorizados na bandeira vermelha e laranja, além de hotéis, pousadas e afins; comércio, shoppings centers, comércio popular (camelôs) e serviços em geral; escolinhas de esporte sem contato físico (natação e tênis, por exemplo).

 




Justiça e secretários de saúde não acreditam em retorno do Campeonato Paraibano em junho.

Foto: reprodução/FPF

O estado da Paraíba ainda enfrenta a crescente de casos e óbitos em decorrência do novo coronavírus, mas a Federação Paraibana Futebol, em conjunto com os clubes, já tem trabalhado para o retorno do campeonato paraibano. Até o momento o estado registra 24.032 casos e 559 mortes.

Em reunião na sexta-feira (06), a presidente Michelle Ramalho, junto ao médico da entidade, Augusto de Almeida Neto, discutiu com os presidentes e médicos dos clubes a elaboração de um protocolo, com base em um já proposto pela CBF, para nortear a volta da competição.

Essa intenção não agradou em nada o promotor Valberto Lira, presidente da Comissão de Prevenção e Combate a Violência nos Estádios de Futebol da Paraíba. Em vídeo divulgado para imprensa, o representante do Ministério Público da Paraíba demonstrou profunda insatisfação no modo como a discussão tem sido levada.

Para o magistrado, a ânsia pelo retorno as atividades esportivas é um sentimento comum a todos aqueles que vivem o futebol, mas que isso não pode ser realizado de maneira irresponsável, principalmente em um momento que os números da pandemia só crescem. O procurador também demonstrou descontentamento com modo com o qual a FPF tem conduzido a situação e apresentou questionamentos ao documento apresentado.

– Chegou ao meu conhecimento um protocolo que estaria sendo discutido. A comissão não participou de nenhuma discussão nesse sentido. A discussão que temos é apenas com as entidades da área de saúde. Mas nos debruçamos sobre o documento e não vimos nenhum compromisso, apenas conjecturas. Queremos saber, no momento em que as autoridades da saúde permitirem o retorno, quem irá bancar os testes que deverão ser realizados com todos aqueles que irão participar de uma partida em qualquer estádio. A não ser que queiram, mais uma vez, que o poder público assuma esse ônus, e nós não concordamos – afirmou.

O membro do MPPB reafirmou que qualquer decisão sobre o retorno depende da autorização das entidades sanitárias, para que então todos os responsáveis se reúnam e todos os pontos sejam devidamente discutidos.

– A posição, a priori, da comissão, é pelo não reinício do campeonato e, no momento em que as autoridades sanitárias autorizem esse retorno, teremos que nos sentar. Não é de uma hora pra outra abrir centro de treinamento e dizer que irá ocorrer uma partida sem que nós tenhamos delineado essas responsabilidades – concluiu.

Se depender da autorização dos órgãos de saúde, essa retomada das atividades também terá que esperar mais. Para Geraldo Medeiros, secretário de saúde do estado, não é provável que isso ocorra em breve.

– Nós achamos que é prematura a volta das atividades esportivas. Neste momento ainda temos pico de incidência de novos casos no estado, e nós precisamos, ao final de 14 dias, analisar todas as possibilidades – disse.

Após um primeira reunião, anterior a elaboração do protocolo, com dirigentes do Botafogo-PB, Treze, Campinense, Atlético de Cajazeiras e São Paulo Crystal, chegou a se projetar uma volta dos treinamentos para o dia 15. É importante lembrar que a região metropolitana da capital passa por um período de endurecimento do controle do isolamento social que deve durar, pelo menos, até o dia 14.

Outro gestor da área da saúde que vê como improvável essa situação é Adalberto Fulgêncio, secretário de saúde de João Pessoa. Ele enfatizou que o bom trabalho da cidade e do estado na contenção da doença possibilitou que não se encontre a insuficiência de leitos e pessoas morrendo sem assistência médica, mas também prega cautela em qualquer possibilidade discutida.

– Nós estamos abertos a receber a proposta e analisar. Sabemos da vontade dos dirigentes, jogadores e torcedores, mas antes de tudo tem que passar pelas autoridades de saúde, do controle epidemiológico. No momento, nós estamos intensificando as barreiras e mantendo o isolamento, para que todo o nosso esforço para salvar vidas não venha a ser em vão. Então, temos que ter muita calma neste momento com este retorno gradativo das diversas áreas de trabalho – lembrou.