VOCAÇÃO PELA CRIMINALÍSTICA: Escrito Por Gilvan de Brito 

VOCAÇÃO PELA CRIMINALÍSTICA: Escrito Por Gilvan de Brito
Eu tenho a impressão de que teria dado certo com a criminalística. Foi o que pensei quando cursei o período de Medicina Legal, durante seis meses, com os estudantes de Medicina, como parte da grade curricular do Direito. Talvez porque um dos meus professores dessa matéria fosse Genival Veloso, reconhecidamente, pelos livros que escreveu, pelos casos que solucionou e pela competência no trato com os cadáveres, se coloca entre os melhores do Brasil.
Quem não se lembra daquele caso do PC Farias, durante o governo Collor, que veio para as suas mãos depois de passar pelos mais competentes cientistas da área, no Brasil. Vários livros de sua lavra hoje são adotados não apenas nas universidades brasileiras, muito mais no exterior. O conjunto de procedimentos médicos e técnicos de Medicina Legal abordados pelo professor Genival Veloso – que para a tristeza dos novos alunos, não vão encontrá-lo porque já está aposentado da UFPB e UNIPÊ (infelizmente) – induzem à solução de crimes com uma facilidade incrível, pelo encaminhamento que aborda, tanto pelos conhecimentos quanto pela intuição.
Quase me convenci depois de dissecar cadáveres no IML em busca de solução para supostos crimes, a seguir profissionalmente, no Direito, a criminalística, o que era reforçado por cada aula daquele emérito professor. Parece até que eu havia me enganado de quando sonhava ser jornalista, a posição que já havia conquistado no primeiro time da imprensa. Achava empolgante a Medicina Legal. Mas o jornalismo, indubitavelmente, é muito forte, porque depois que eu abri a minha banca de advocacia, sentia a necessidade de continuar na imprensa. O que eu era mesmo, e ainda sou, está exposto nestas linhas: um jornalista, porque a cada dia ele ia me puxando cada vez mais para as redações. E eu não tive outra escolha senão seguir o destino. Quem sabe poderia ter sido melhor na advocacia criminalística? Não sei, não experimentei, porque ninguém foge ao destino. E aqui estou, como jornalista, e não me arrependo.
www.reporteriedofereira.com.br   Por Gilvan de Brito- Jornalista, advogado e escritor.