Deputados de dez partidos diferentes assinam pedido de CPI contra Moro

Congressistas do PT, PSL, PSDB, DEM, PV, Podemos, PSOL, PDT, PCdoB e PSB subscrevem o requerimento, que pretende apurar “os indícios de supostos crimes de Sergio Moro quando ministro, como prevaricação, obstrução a investigações, advocacia administrativa”

(Foto: Agência Brasil)

247 – Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os crimes praticados pelo ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, começa a ganhar corpo na Câmara Federal.

Congressistas do PT, PSL, PSDB, DEM, PV, Podemos, PSOL, PDT, PCdoB e PSB subscrevem o requerimento.

Proposto pelo deputado Rogério Correia, o pedido de CPI visa a apurar “os indícios de supostos crimes do Sr. Sergio Moro quando ministro, como prevaricação, obstrução a investigações, advocacia administrativa, dentre outros, tudo em proveito próprio ou alheio”.

Entre os signatários da CPI estão os deputados Kim Kataguiri, do DEM, Carlos Sampaio, Alexandre Frota e Samuel Moreira, do PSDB, e Marcelo Freixo, Luiza Erundina, David Miranda, do PSOL.

Ao todo, para instalação da CPI,  são necessárias 171 assinaturas. Até agora, o documento conta com 83. Segundo Correia, há um trabalho para ampliar o número de apoios.

Em declaração à revista Carta Capital, Rogério Correia diz que Moro, quando ministro, “prevaricou o tempo inteiro e protegeu as suas relações com a Lava Jato”. “Enviei ao Ministério da Justiça documentos para investigar integrantes da operação Lava-Jato e nada foi feito”, afirma o deputado, que continua: “Ele prevaricou porque escondeu denúncias contra o presidente [Jair Bolsonaro]”.

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Moro foi um ministro da Justiça medíocre, diz Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes afirmou nesta sexta-feira (5) que Sérgio Moro errou ao “ter atuado de maneira tão enfática nos processos do PT, especialmente do presidente Lula”, e depois aceito o convite para ser ministro de Bolsonaro. “Como ministro da Justiça, nós não vamos lembrar dele”

Gilmar Mendes e Sergio Moro
Gilmar Mendes e Sergio Moro (Foto: STF | Senado)

247 – Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (5), o ministro do STF Gilmar Mendes criticou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro que, para ele, teve uma passagem medíocre no Ministério da Justiça. O ministro do Supremo afirmou também que Sergio Moro errou na condução da Lava Jato contra o PT.

Gilmar Mendes disse que Moro não estava preparado para Brasília, comparando a capital do Brasil com a Champions League, campeonato de clubes de futebol da Europa, sendo que Moro, na visão do ministro, estava qualificado apenas para disputar um campeonato do interior do Paraná.

“Eu acho que Moro fez uma opção errada ao ter atuado de maneira tão enfática nos processos do PT, especialmente do presidente Lula, e depois aceitar o convite para integrar o governo do adversário do PT, do Bolsonaro. Acho que foi uma trajetória errada. Como ministro da Justiça, nós não vamos lembrar dele. Vamos lembrar dele como esse personagem que brigou com o Bolsonaro no final. Não deixou nenhuma marca na segurança pública, não deixou nenhuma marca no que diz respeito às funções do Ministério da Justiça. Eu diria que foi uma passagem média ou medíocre. Tentou ser político e não se saiu bem. Me parece que de fato ele veio para uma Champions League mas na verdade estava qualificado para disputar um campeonato lá do interior do Paraná”.

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Polícia prende pastor evangélico por tentativa de assassinato em Mari-Pb

Na manhã desta sexta-feira (5), o pastor evangélico Luiz Eduardo Gusmão foi preso em flagrante após tentar matar Geandro de Farias Ferreira, de 32 anos durante uma discussão na cidade de Mari, Zona da Mata da Paraíba.

Segundo informações, a tentativa de assassinato aconteceu logo após uma discussão entre o filho do pastor e a vítima. Na ocasião, o pastor partiu para agredir fisicamente Geandro, que ao desmaiar, bateu a cabeça no chão de concreto várias vezes.

A esposa da vítima presenciou o fato e contou que não houve vias de fato nem ameaças anteriores, tão somente uma agressão física injustificada do pastor contra seu esposo.

Segundo Michele Fernandes, seu esposo ficou convulsionando, desmaiado, enquanto o pastor golpeava sua cabeça. “O pastor agrediu covardemente, sem que meu esposo pudesse se defender e nem ver de onde partiram as agressões”, disse Michele.

A vítima foi encaminhada ainda em estado grave para o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena.

O pastor fugiu em seguida, mas foi encontrado e capturado pela Polícia Militar. Além do pastor ainda foram detidos o filho e um funcionário que teria ajudado o mesmo em sua ação criminosa.

O flagrante foi registrado na delegacia de homicídios na Central de Polícia de João Pessoa.




Paraíba registra 1.000 novos casos de covid-19 nesta sexta-feira; Estado confirma 451 mortes e total de infectados chega a 18.579

São 1.000 novos casos de Covid-19 e 13 mortes confirmadas desde a última atualização​, sendo 4 nas últimas 24h.

A ocupação de leitos de UTI em todo o estado é de 67%. (Foto: Reprodução)

A Paraíba registrou até a tarde desta sexta-feira (5) um total de 18.579 infectados com a covid-19. Os números divulgados também incluem o total de 18.730 casos descartados, 451 mortes confirmadas e 3.945 casos de pessoas recuperadas. São 1.000 novos casos de Covid-19 e 13 mortes confirmadas desde a última atualização, sendo 4 nas últimas 24h.

  • Casos Confirmados: 18.579
  • Casos Descartados: 18.730
  • Óbitos confirmados: 451
  • Casos recuperados: 3.945
  • Total de municípios: 205

Foram realizados 60.022 testes para diagnosticar covid-19, entre testes rápidos e PCR.

A ocupação de leitos de UTI em todo o estado é de 67%. Se fizermos um recorte apenas dos leitos de UTI para adultos na Região Metropolitana de João Pessoa, 88% estão ocupados. Em Campina Grande, estão ocupados 56% de leitos de UTI adulto e no sertão, 62%. O índice de Isolamento Social foi de 41,5%, mesmo com as medidas de isolamento rígido na região metropolitana de João Pessoa.

Os casos confirmados estão em 205 dos 223 municípios paraibanos:

Água Branca (4); Aguiar (1); Alagoa Grande (109); Alagoa Nova (49); Alagoinha (153); Alcantil (4) Alhandra (177); Amparo (12); Aparecida (8); Araçagi (60); Arara (21); Araruna (5); Areia (69); Areia de Baraúnas (1); Areial (13); Aroeiras (39); Assunção (18); Baia da Traição (64); Bananeiras (38); Baraúna (49); Barra de Santa Rosa (11); Barra de Santana (19); Barra de São Miguel (3); Bayeux (435); Belém (64); Belém do Brejo do Cruz (3); Bernardino Batista (1); Boa Ventura (1);  Boa Vista (37); Bom Jesus (1); Bom Sucesso (2); Bonito de Santa Fé (1); Boqueirão (36); Borborema (2);  Brejo do Cruz (10); Brejo dos Santos (1);  Caaporã (452); Cabaceiras (1); Cabedelo (1021); Cachoeira dos Índios (11); Cacimba de Areia (5); Cacimba de Dentro (30); Cacimbas (5); Caiçara (28); Cajazeiras (132); Cajazeirinhas (1); Caldas Brandão (20); Campina Grande (2171); Capim (44);  Caraúbas (1); Carrapateira (1); Casserengue (20); Catingueira (5), Catolé do Rocha (60); Caturité (16); Conceição (7);  Condado (44);  Conde (125); Congo (11); Coremas (17); Coxixola (7); Cruz do Espírito Santo (129); Cubati (3); Cuité (10);  Cuité de Mamanguape (10); Cuitegí (55); Curral de Cima (10); Curral Velho (1), Damião (2); Desterro (11);Diamente (1);  Dona Inês (3); Duas Estradas (29); Emas (1); Esperança (92); Fagundes (9); Gado Bravo (42);  Guarabira (825); Gurinhém (60); Gurjão (15); Ibiara (5); Igaracy (2); Imaculada (8); Ingá (92); Itabaiana (260); Itaporanga (3); Itapororoca (40); Itatuba (62); Jacaraú (19); Jericó (2);  João Pessoa (5552); Joca Claudino (1); Juarez Távora (41); Juazeirinho (59);  Junco do Seridó (12); Juripiranga (148); Juru (5); Lagoa (3); Lagoa de Dentro (9); Lagoa Seca (133); Lastro (1); Logradouro (11); Lucena (94); Mãe d’Água (4); Malta (18); Mamanguape (238); Manaíra (2); Marcação (8);  Mari (148); Marizópolis (4); Massaranduba (44); Mataraca (31); Matinhas (18); Mato Grosso (7); Matureia (11); Mogeiro (9);  Montadas (12); Monteiro (32); Mulungu (39); Natuba (10); Nazarezinho (1); Nova Floresta (4), Nova Olinda (3); Nova Palmeira (6); Olho D´Água (18); Olivedos (6);  Ouro Velho (1); Passagem (13); Patos (717); Paulista (24); Pedra Lavrada (9); Pedras de Fogo (342); Pedro Régis (1); Piancó (22); Picuí (29); Pilar (49); Pilões (13); Pilõezinhos (68); Pirpirituba (26); Pitimbu (138); Pocinhos (10);  Pombal (77); Prata (1); Princesa Isabel (14); Puxinanã (51);  Queimadas (133); Quixaba (6); Remígio (53); Riachão (1); Riachão do Bacamarte (118);  Riachão do Poço (7); Riacho de Santo Antônio (5); Riacho dos Cavalos (2); Rio Tinto (93); Salgadinho (6); Salgado de São Felix (36); Santa Cecília (7); Santa Helena (2); Santa Inês (2);  Santa Luzia (75); Santa Rita (707); Santa Terezinha (17); Santana dos Garrotes (2); Santo André (1); São Bentinho (11); São Bento (187); São Francisco (5);  São João do Cariri (10); São João do Rio do Peixe (13); São João do Tigre (1); São José da Lagoa Tapada (15); São José de Caiana (15); São José de Espinharas (3); São José de Piranhas (8); São José do Bonfim (16); São José do Sabugi (71); São José dos Cordeiros (3); São José dos Ramos (19); São Mamede (17); São Miguel de Taipu (32); São Sebastião de Lagoa de Roça (35); São Sebastião do Umbuzeiro (4); São Vicente do Seridó (17); Sapé (275); Serra Branca (3); Serra da Raíz (11); Serra Grande (1); Serra Redonda (57); Serraria (14); Sertãozinho (18); Sobrado (28); Solânea (87); Soledade (16); Sousa (252); Sumé (36); Tacima (28); Taperoá (35); Tavares (8); Teixeira (25); Tenório (1); Uiraúna (4); Umbuzeiro (16); Várzea (1); Vieirópolis (3); Vista Serrana (1).

*Dados Oficiais preliminares (fonte e-sus VE e SIVEP) extraídos às 10h do dia 05/06 sujeitos a revisão.

13 óbitos foram confirmados, 04 deles ocorreram nas ultimas 24h

Homem, 84 anos, residente em Mari. Sem comorbidades. Início dos sintomas, em 06/05. interno em hospital público, veio a óbito no dia 22/05.

Homem, 45 anos, residente em Catolé do Rocha. Sem comorbidades. Início dos sintomas, em 08/05. interno em hospital público, veio a óbito no dia 04/06.

Mulher, 78 anos, residente em Itapororoca. Obesa, cardiopata. Início dos sintomas 25/05, interna em hospital público, veio a óbito no dia 04/06.

Homem, 69 anos, residente em Santa Rita. Diabético e hipertenso. Início dos sintomas em 10/05. interno em hospital público, veio a óbito no dia 04/06.

Homem, 95 anos, residente em João Pessoa. Comorbidades não informadas. Início dos sintomas, em 18/05. interno em hospital público, veio a óbito no dia 04/06.

Mulher, 66 anos, residente em Mamanguape. Obesa, cardiopata e diabética. Início dos sintomas 21/05, interna em hospital público, veio a óbito no dia 03/06.

Mulher, 74 anos, residente em Bayeux. Hipertensa e tabagista. Início dos sintomas 09/05, interna em hospital público, veio a óbito no dia 03/06.

Mulher, 32 anos, residente em Cruz do Espírito Santo. imunodeprimida. Início dos sintomas 15/05, interna em hospital público, veio a óbito no dia 02/06.

Mulher, 80 anos, residente em João Pessoa. comorbidades não informadas. Início dos sintomas 25/05, interna em hospital público, veio a óbito no dia 04/06.

Homem, 79 anos, residente em Santa Rita.Diabético, cardiopata. Início dos sintomas 24/05, interno em hospital público, veio a óbito no dia 01/06.

Homem, 79 anos, residente em Mari. Hipertenso, com sequelas de AVC . Início dos sintomas 13/05.Veio a óbito no dia 29/05 em sua residência.

Homem, 90 anos, residente em Pilar. Cardiopata. Início dos sintomas 20/05, veio a óbito no dia 24/05 em sua residência. Causa Identificada após análise pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).

Mulher, 61 anos, residente em Santa Rita. Início dos sintomas 20/05, veio a óbito no dia 27/05 em sua residência. Causa identificada após análise pelo SVO

*Os dados epidemiológicos e de ocupação de leitos podem ser acompanhados em* paraiba.pb.gov.br/coronavirus




 Exclusivo; Agência do Itau é fechada por suspeita de Covid-19 entre correntistas

A agência  do Banco  Itaú  localizada em frente ao Mag Shopping bairro de  Manaíra em João Pessoa-Pb,  foi fechada nesta sexta-feira (05) após correntistas  apresentarem suspeita de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19), segundo informou uma funcionária que pediu para não ser identificada. ” Não existe previsão para o retorno funcional desta agência”,disse a funcionária.

Indagada se algum funcionário da agência do banco foi contaminado pelo vírus, não soube informar.

Correntistas e aposentados do INSS, quando chegaram na agências a fim de realizarem saques dos respectivos salários tiveram essa surpresa desagradável e foram orientados a procurar outras agências.

A unidade passará por uma sanitização em todas as dependências da agência e só reabrirá as portas após terminado este procedimento para evitar a contaminação de  funcionários e demais clientes.

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Senador paraibano criticou no Senador Federal retirada de R$ 80 milhões do Bolsa Família

O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) criticou nesta quinta-feira (04), durante sessão remota do Senado Federal, a decisão do governo de retirar R$ 83 milhões que seriam destinados ao programa Bolsa Família e transferi-los para a comunicação institucional. A decisão consta em portaria publicada nesta quinta no Diário Oficial da União, suspendendo o repasse e transferindo o dinheiro para o governo investir em propaganda.

De acordo com o texto da medida, assinada pelo Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, a suspensão da verba atinge diretamente famílias de baixa renda do Nordeste. Veneziano disse que a atitude do governo é extremamente grave e lamentável, considerando, sobretudo, o momento atual por que passa o país, com a pandemia do novo coronavírus.

Ele lembrou que o fato de a medida especificar a retirada atingindo diretamente as famílias do Nordeste é mais grave ainda, visto que na região estão as famílias que mais dependem do benefício. “Esta medida do governo é extremamente danosa, para não dizer desumana, e atinge diretamente pessoas mais pobres, que precisam dos recursos destinados a transferência de renda”, afirmou Veneziano

O senador paraibano disse que o mais preocupante é que o governo transferiu os recursos para a Comunicação, sem que tenha explicado as razões pelas quais tomou a decisão. “E mais ainda, esta decisão do governo ocorre em maio a uma pandemia, num momento crítico de calamidade pública, em que as famílias estão sofrendo, sobretudo as mais carentes, para garantir o mínimo de suas subsistências”.

Outros cortes – Veneziano lembrou que esta não é a primeira vez que o governo toma decisões para prejudicar as famílias carentes, sobretudo as do Nordeste, que tem uma maior dependência dos benefícios sociais. No início deste ano, o governo determinou cortes do Bolsa Família para o Nordeste e penalizou a região, reduzindo os percentuais destinados aos estados nordestinos e aumentando os percentuais para os do Sudeste.

“Foi preciso a intervenção do Supremo Tribunal Federal, no mês de março, em uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, determinando que o governo suspendesse os cortes do Bolsa Família no Nordeste e distribuísse os recursos de forma igualitária, com percentuais igualitários para todas as regiões do país”, lembra Veneziano.

O caso foi parar no STF após denúncias de que o governo federal só havia distribuído 3% dos recursos destinados a novos pagamentos do programa para famílias nordestinas, concentrando maior percentual para o Sudeste.




A casa grande já teme o caos

A casa grande já teme o caos

“Em nome da ‘salvação nacional’, que a todos mobiliza, a casa grande propõe um pacto nacional que deságua na preservação de um bolsonarismo bem comportado, confundindo, para melhor fazer passar o contrabando, forma e conteúdo”, escreve o ex-ministro Roberto Amaral sobre o acordo proposto pelo jornal O Globo

(Foto: PR | Reprodução)

Uma vez mais o caminho é iluminado pelas ruas e pelo que este país tem de melhor: o “povão”, tão bem representado pelas torcidas dos grandes clubes de futebol de São Paulo, que, lecionando o que precisa ser feito Brasil afora, sem pedirem audiência a partidos recatados e a lideranças cautelosas, tomaram para a democracia a avenida Paulista, até este último domingo (31/5) o santuário da elite bolsonarista, cantando de galo em terreiro abandonado pelas forças populares e democráticas. Cantando de galo exatamente por isso, porque estava só: quando não divisa adversário, todo covarde alardeia destemor.

Penso estar diante de fato histórico da maior importância para nosso destino imediato, certamente o mais relevante dos tempos recentes: a entrada na cena política do povo brasileiro, este ator mal querido pelos senhores do poder; ele chega em momento preciso, sem abre-alas, marcando seus próprios passos e fazendo seu caminho,  forçando espaço e impondo sua voz. Que amanhã possa impor sua vontade. Que ao movimento espontâneo de hoje siga-se a ação organizada em plano nacional. Se assim se der o desenrolar dos fatos, poderemos apostar que dias melhores virão.

Enfim descobrimos que a sociedade está viva e que o povo-massa não se acovarda.

O povo nas ruas – nas ruas como possível, em face da pandemia, e nas onipresentes redes sociais – alterará substantivamente a correlação de forças do jogo político, e pode fazer malograr o acordo de elites, a conciliação pelo alto, a velha solução prussiana tão presente em nossa História e já em curso, agora em nome da “pacificação” nacional, codinome da conservação do statu quo, depois que os direitos dos trabalhadores foram surrupiados. A casa grande já teme o caos; este não está mais sob a batuta do capitão, suas milícias e seus celerados, pois já caminha livre, alimentado pelo rotundo desastre da política econômica. Em face do imponderável, que são os riscos decorrentes de qualquer explosão social, o “mercado”, antes indiferente à crise institucional buscada pelo capitão (o Ibovespa fechou a semana em alta) cuida agora de proteger seus ganhos e trata de intervir e administrar a “saída”, assegurando-se de que, quaisquer que sejam as alternativas conjuradas por um processo sem prévio controle, elas precisam estar escoimadas da contaminação das pressões populares.

O acordo traficado pelas elites precisa ser denunciado para morrer na praia.

Em nome da “salvação nacional”, que a todos mobiliza, a casa grande propõe um pacto nacional que deságua na preservação de um bolsonarismo bem comportado, confundindo, para melhor fazer passar o contrabando, forma e conteúdo.

Com o risco de insistir no óbvio, é preciso lembrar que o que nos afeta, fundamentalmente, não são os métodos do capitão; no caso presente a forma é o outro lado de sua natureza política. Precisamos nos ver livres é de sua política, mais que de seus maus modos. O que se coloca como necessidade urgente e ingente, agônica, é livrar o país da ameaça representada pela presença do capitão na presidência da república e comandante–chefe de forças armadas com larga tradição de intervenção política e parca cultura histórica.

O que nos aflige, ademais do projeto golpista protofascista escancarado pelo capitão e seus íntimos, é a desmontagem da economia nacional, levada a cabo passo a passo, peça por peça, com imperturbável frieza, pelo agiota alçado ao posto de “superministro”. Por aí está sendo asfaltado o caminho que inevitavelmente construirá o caos: a  recessão, o desemprego e a fome têm encontro marcado para o segundo semestre. O establishment, talvez escaldado pelas revoltas que incendeiam os EUA de Trump, eriça as sobrancelhas, pois nem mesmo o capitão, nem mesmo as forças armadas, nem mesmo o império, nem mesmo todos juntos, podem garantir que, desencadeada a convulsão social perseguida pelos aprendizes de feiticeiros, seus interesses e privilégios de classe serão mantidos irrigados como hoje são.

Mas nossas elites são mesquinhas, e agora se revelam tolas, elas que vêm sendo expertas em todos os golpes de Estado que entulham a república. Propõem à democracia uma composição com os inimigos da democracia, como se nós, os que sabemos o que significa a repressão, não conhecêssemos a novela do sapo que tentou salvar o escorpião, condenando-se à morte.

Os termos do acordo fatal são propostos pelo inefável O Globo em editorial  (“Os democratas precisam conversar”) do último domingo. Sua importância está não apenas em suas letras; elas se tornam relevantes quando sabemos que as organizações Marinho se orgulham de expressar os interesses das classes dominantes.

O editorial diz que “a sociedade precisa encontrar a saída de uma situação em que as crises provocadas pelo presidente se sucedem”. Ninguém discorda. Temente do caos (mais precisamente: temente que do caos se louvem as forças populares), pede a “reaproximação [na defesa das liberdades] das forças políticas que têm diferenças no campo da economia, na área social e outras, mas compartilham zonas de intercessão”. Dentre as forças chamadas não se encontram  os mais interessados – os trabalhadores. Mas indica o objetivo do ajuntamento: a pacificação nacional. Em torno de quê? Ora vejam! Do bolsonarismo: “Esta via política  não deve excluir Bolsonaro, que precisa fazer um gesto pelo entendimento”. Para quê? Para que, diz o editorial,  o presidente possa “executar  sua agenda”. Mas que agenda? Exatamente a agenda que precisa ser defenestrada, essa que desestrutura o Estado, abre as portas ao autoritarismo e aspira ao fascismo. Trata-se da agenda que destrói nossa economia, o neoliberalismo paleontológico do “posto Ipiranga” que já levou o país da estagnação à recessão e agora nos está levando da recessão à depressão, com a qual nos depararemos antes do final do ano e de cujas funestas consequências não nos livraremos antes de meados da década, ainda que não demoremos a nos livrar do bolsonarismo.

Para quem tem o mando o que interessa é sua conservação. Tanto faz se o regime é monárquico ou republicano, democrático ou autoritário, de esquerda ou de direita, corrupto ou não. O fundamental é a conservação do poder, se possível sem riscos. Nossas carcomidas elites, que prepararam a ascensão do capitão (conhecendo-o de perto), que fizeram do ex-juiz e ex-ministro um regra dois para 2022, que já admitiram mesmo trocar o capitão sem modos pelo general mais comedido, nem isso admitem: querem mesmo que nada mude. A “saída” da vez propõe o concubinato da democracia, das liberdades e da “governabilidade” exatamente com quem detona a democracia, investe contra as liberdades e inviabiliza, por método, a governabilidade – o capitão, coiteiro de criminosos, cúmplice de milicianos, o pivô aglutinador da súcia que tomou de assalto nossa história. Implícito está, na proposta veiculada pelo O Globo, que todos os crimes – delitos penais, civis, administrativos, políticos – cometidos pela horda bolsonarista serão varridos para debaixo do tapete, e tudo permanecerá como dantes no castelo de Abranches.

Esta “saída” pode até ser aceita tanto pelo congresso quanto pelo judiciário – pois o papel histórico de ambos, nas crises institucionais, tem sido homologar as soluções traficadas pelas elites civis, empresariais e militares com a assessoria dos procuradores do império; assim foi sempre e nesses termos é que se deu o pacto da redemocratização de 1985. Com o povo nas ruas cobrando a redemocratização, a sociedade mobilizada pela campanha das Diretas Já, a casa grande, um grupelho  de auto nomeados príncipes, meia dúzia de políticos conservadores e meia dúzia de generais, negociaram a “transição”, de que resultou a morte da constituinte autônoma e da revisão da anistia, com a consequente impunidade dos militares acusados dos crimes de tortura e assassinato. De que resultou a tutela militar sobre o primeiro governo da “nova república”. Deu no que deu: a emergência, tantos anos passados, da escória dos porões da ditadura. O ícone dos fardados no poder e fora dele não é o general Geisel, mas Sílvio Frota, quando não o facínora Ustra.

Não há e não pode haver negociação com o crime. Com a corrupção, com a traição aos interesses do país. Não há negociação possível, muito menos coabitação com o banditismo, com as milícias, com o armamentismo, com a tragédia social, com a dilapidação de nossas reservas, com a destruição de nossa riqueza ambiental. O adversário não é o capitão, essa execrável pessoa física, mas sua política, seu projeto e o que ele representa como atraso ideológico: a emergência dos valores políticos da extrema-direita com a qual a democracia não dialoga.

O pacto proposto é espúrio. A única esperança que nos resta de vê-lo abortado é a reação das grandes massas, os 70% de brasileiros que se opõem ao bolsonarismo e que, aos poucos, e animados pelos torcedores antifascistas, começam a sair da zona de conforto – espremida entre a pandemia e a ameaça fascista –  e descobrir que a ação não apenas é necessária e inadiável, como, principalmente, é possível.

O que o clã Marinho nos oferece é o acordo das elites, para salvarem-se na crise que elas mesmas ajudaram a criar, inclusive com seus jornais e a manipulação política e ideológica que tem seu ponto de partida na desestabilização do governo Dilma Rousseff, seguida pela posse do perjuro Temer, a eleição e o governo Bolsonaro, a consolidação do regime de golpe de Estado permanente. Ninguém – imprensa, judiciário,  congresso, forças armadas –  pode hoje posar de inocente.

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Vereador Durval Ferreira leva demanda da população durante sessão remota na CMJP


O vereador Durval Ferreira participou, na manhã de hoje (4), da 18º sessão Ordinária na Câmara de vereadores de João Pessoa. Mesmo de forma remota, o parlamentar não deixou de lado a sua preocupação com a população da capital.

Durante a sessão, foram apresentados 35 requerimentos atendendo aos pedidos dos e das pessoenses. “Nesse momento difícil que estamos enfrentando, mais do que nunca, é preciso ficar ao lado do povo. Como vereador, é o meu dever continuar fazendo o meu melhor pela cidade”.

O vereador usou o espaço para enaltecer o trabalho que a prefeitura de João Pessoa vem fazendo no combate ao Covid-19. “Gostaria de parabenizar os esforços do Prefeito Luciano Cartaxo e do Secretário de Saúde Adalberto Fulgêncio no combate a essa pandemia que assola a nossa cidade. Estamos enfrentando uma verdadeira guerra contra esse vírus e é notório os esforços deles nessa luta”.

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