Quarentena nos EUA pode durar até junho, afirma Trump
Em coletiva, presidente diz que fim da medida depende de “senso comum” e que deve continuar até que seja seguro reabrir
Segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, há possibilidades de que a quarentena adotada para frear a disseminação da Covid-19 no país se estenda até o verão no hemisfério norte. No país, o período deve acontecer entre o 1º dia de junho até o fim de agosto. Até o momento, as medidas se estendem até o dia 1º de maio, com possibilidade de que o período seja aumentado novamente.
Em coletiva na Casa Branca, Trump afirmou que saber a hora de sair é questão de “senso comum” sobre o momento em que se decidir que as medidas de isolamento não são mais necessárias.
“Acho que as pessoas vão saber, eu vou saber, você vai saber. […] Mas até sentirmos que não é seguro, vamos continuar estendendo [a quarentena]. Vamos acompanhar os casos com muito cuidado”, disse
Sobre a reabertura, o presidente afirma que trabalha ao lado de uma equipe de especialistas para “iniciar um fronte da nossa guerra, que chamaremos de ‘Reabrir a América’”. No entanto, ele volta a afirmar que os governos dos estados têm liberdade para adotar medidas de acordo com a situação de seus territórios. Donald Trump afirma que é preciso pensar na saúde das pessoas e da economia.
Na semana passada, o republicano afirmou que país prepara um plano de três fases para conseguir lidar com a crise. De acordo com Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas e um dos integrantes da força tarefa criada por Trump, a intenção é assegurar que a saúde dos norte-americanos seja preservada.
O plano não indica ações concretas ou que não podem ser mudadas, mas são pontos para guiar os poderes sobre o que deve ser feito a partir de qual etapa da doença. Para saber se é seguro avançar para a próxima fase, o estado precisa monitorar se não houveram novos casos dentro do período de 14 dias.
A primeira fase prevê medidas adotadas atualmente: evitar aglomerações, fechamento de serviços não-essenciais e distanciamento social em público. A segunda prevê que estabelecimentos comecem a reabrir e população possa viajar sem motivo essencial. Aulas presenciais podem voltar a funcionar, mas reuniões de mais de 50 pessoas devem ser evitadas e home offices, incentivados.
Na terceira e última fase, é esperado que pessoas que pertencem ao grupo de risco do novo coronavírus possam voltar a circular. Porém distanciamentos precisam ser mantidos. É imprescindível que a população geral evite passar tempo demais em ambientes fechados e aglomerados.
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