Polícia Civil homenageia profissionais que arriscam a vida para salvar inocentes

Nesta terça-feira (21) será comemorado o Dia do Policial Civil e Militar no Brasil. A data, instituída desde 1946, é uma homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, considerado o patrono dos policiais brasileiros.

Para homenagear seus servidores, que enfrentam riscos diários em defesa da lei, a Polícia Civil da Paraíba vai divulgar histórias de integrantes da corporação que atuaram em ações exitosas no combate á criminalidade.

Uma reação e a vida por um fio

As cicatrizes no joelho ainda estão bem visíveis. São marcas de uma decisão que exigiu coragem do delegado da Polícia Civil da Paraíba, Diego Garcia.

Ele estava com a família em um restaurante, quando o local foi invadido por assaltantes. Temendo pela vida das vítimas, o policial disparou contra um dos criminosos, que, antes de morrer, conseguiu revidar e atingir a perna de Diego.

O assalto foi frustrado, mas a vida do policial ficou por um fio.

“Havia o risco dos bandidos me reconhecerem como policial. Eu estava com minha arma e meus documentos. Se isso acontecesse, eles iriam atirar contra mim e contra as pessoas que estavam comigo. Seria uma execução. Tive segundos para pensar e reagir”, lembra Diego.

Policial civil há sete anos, Diego está entre os profissionais que serão lembrados nesta terça-feira, 21 de abril, quando se comemora o Dia do Policial Civil e Militar.

Considerada uma das mais perigosas da atualidade, a profissão é exercida por homens e mulheres treinados para agir em situações de risco, cumprindo funções diferentes.

Enquanto a Polícia Militar atua na prevenção dos crimes, a Polícia Civil é a responsável por investigar e identificar os autores dos delitos.

Em comum, todos enfrentam a mesma batalha contra a criminalidade.

Na Paraíba, a Polícia Civil é formada por cerca de 2.212 servidores. Muitos têm uma rotina cercada por riscos, como o delegado Diego Garcia.

Chefe do Núcleo de Homicídios e Repressão Qualificada da 3ª Delegacia Seccional de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, ele é o responsável pela investigação de homicídios, assaltos e tráfico de drogas na região.

Em sete anos de carreira, participou de operações que desarticularam quadrilhas e resultaram na prisão de criminosos de alta periculosidade.

Em uma dessas ações, chegou a se envolver numa troca de tiros.

“Os criminosos passaram a atirar contra nossa equipe. Tivemos que revidar os tiros até conseguirmos cumprir a prisão”, lembra.

Por conta de sua atuação na Polícia Civil, Diego já recebeu inúmeras ameaças de morte e adota cuidados com a própria segurança.

“Eu sempre ando armado, aonde quer que eu vá. E não uso apenas uma arma. Já recebi inúmeras ameaças, algumas até recentemente. Mas nada disso me faz desistir de continuar meu trabalho. Tenho orgulho de ser policial”, declarou.